Oi Ris, tudo bom! Eu já estava com saudades desse ambiente. Cartas. É aqui que o usina é realmente humano.
Bem, aceitei a carapuça, serviu-me bem. Sou do tipo de pessoa que aceita bem as críticas, mas sinto-me obrigado a responde-las ou explica-las sempre. Quando escrevo nomes, quer seja em meus textos, quer seja em minhas uma de minhas pichações na falida mureta de recados, não quer dizer que não teria coragem de me expressar a pessoa que direciono a “ofensa” (entre aspas, pois não sinto que chego a ser ofensivo quando eu critico, mas também não serei hipócrita ao afirmar que não ofendo quando quero ofender, geralmente acontece quando sou atacado de maneira covarde).
Justifico meus atos a você que se fez merecedora de respostas, já que iniciou sua indignada missiva com uma pergunta. Geralmente eu faço críticas e, como toda crítica, é uma forma de ver expressa apresentando um “parecer” sobre algo que lhe está em acordo ou não. Para criticar eu, primeiramente leio. Este ato de ler é uma forma de antes de tomar posição quanto ao texto apresentado, assinar “Confio em você”.
O leitor é o melhor amigo do escritor, uma falácia besta para introduzir o outro assunto. Este amigo do escritor volta e meia mostra o seu apresso pelo querido fraterno e, as vezes, fala certas coisas que o amigo pode não vir a gostar. Eu muitas vezes estive dos dois lados dessa relação (alegoricamente aqui da forma mais infantil possível, você sendo uma pessoa crítica há de concordar comigo, não é... “que porra é essa de Melhor amigo do escritor... quem foi o idiota que escreveu isso”). Pois bem, quando pegamos algo assim, muitas das vezes cheio de boas intenções, acabamos ficando indignados. Afinal de contas, eu já li textos deste autor e de outros, sei que esse assunto pode e deve ser tratado de maneira diferente, é nesse momento a gênese da crítica.
Apanhando um exemplo: Lúcio Jr. chamou Milla Kete de Vera Loiola do usina. Ofensivo? Sim, eu concordo. Pertinente? Sim, eu faria o mesmo. E assim vai. Eu sou para o Félix o Ayra-on do PT, ele é o Infelix. Discordamos na idéias e por isso as vezes acabamos por tratar-nos de maneira depreciativa, não significa que não fariamos o mesmo se estivéssemos no cara a cara. Lembrei de outros tantos e na literatura eles são tão frequêntes.
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