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Artigos-->CINCO PESSOAS DA MESMA FAMÍLIA MORREM EM POUCOS DIAS -- 30/08/2005 - 09:59 (Fernando Antônio Barbosa Zocca) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
PIRACICABA - 30/08/05 - CINCO PESSOAS DA MESMA FAMÍLIA MORREM EM 22 DIAS.











Moradores de uma casa no Jaraguá foram diagnosticados com mesmos sintomas. Saúde e polícia interditam imóvel e vão realizar exames para identificar as causas.

















Cinco integrantes - quatro adultos e uma criança - de uma família formada por 12 pessoas morreram em 22 dias numa casa no bairro Jaraguá. A polícia e a Secretaria de Saúde de Piracicaba interditaram ontem a residência, que fica na rua Rafael Marques Cantinho, 530 e removeram os sobreviventes. O motivo das mortes começa a ser apurado. Entre as suspeitas estão a meningite ou intoxicação por substância tóxica. A causa deve ser definida apenas após os exames que serão realizados pelo Instituto Adolfo Lutz e pelo Instituto de Criminalística, em São Paulo.





A atenção da Saúde foi despertada na última semana, mas a polícia só foi acionada após a quinta morte, ocorrida ontem, às 8h40, no pronto-socorro da Vila Cristina. Maria das Graças Cardoso, 34, chegou duas horas antes, acompanhada do marido e estava consciente, mas respondia apenas com grunhidos. Ela estava com a pele azulada, pressão e temperatura corporal baixa, tinha dificuldades em respirar e apresentava taquicardia.





Os médicos acionaram a polícia e alertaram a Vigilância Sanitária. Antes dela, morreram outras duas mulheres, um homem e uma criança. No dia 7, faleceu Márcia Tavares de Souza, 43; um dia depois, Gabriel Rufino dos Santos, 5; no dia 14, Vera Lúcia Oliveira Rufino, 52 e no dia 21, José Antonio Marques, 34. Todos viviam em condições precárias na mesma residência e apresentavam os mesmos sintomas.











Inquérito policial











O delegado do 7º Distrito Policial, João Batista Vieira Camargo abriu inquérito para apurar a seqüência de mortes, suas possíveis causas e classificou a ocorrência como delicada. "Trata-se principalmente de um problema social, mas é preciso identificar se houve alguma responsabilidade", afirmou. A DIR-15 (Direção Regional de Saúde) também acionou a Vigilância Epidemiológica e passou a acompanhar de perto o caso, exigindo teste toxicológico e exames para detectar doenças infecto-contagiosas.





Ontem à tarde, uma força-tarefa foi organizada para comparecer à casa. Policiais civis, bombeiros, técnicos do Instituto de Criminalística de Piracicaba, Defesa Civil, guardas-civis e Vigilância Sanitária fizeram um mutirão na residência.





A movimentação chamou a atenção dos vizinhos, que mostram preocupação. A cena que presenciaram, inédita no município segundo os profissionais de segurança e de saúde ouvidos pela imprensa mostrou um quadro conhecido até então em filmes. Ao menos dez pessoas, com trajes de proteção contra bactérias e substâncias tóxicas, com máscaras, luvas, óculos e capuz, interditaram a casa e entraram para avaliar o ambiente, coletar materiais para análise e constatar que os sete moradores restantes deveriam ser removidos e isolados.











Remoção dos sobreviventes











O trabalho de remoção ficou a cargo da Defesa Civil, que levaria os outros sete integrantes da família para um prédio isolado da prefeitura, até que eles também sejam examinados e constatado se existe ou não risco de transmissão de uma possível doença.





De acordo com o delegado, a casa não possuía nenhuma infra-estrutura. "Não havia água, rede de esgoto ou luz", contou Camargo. Nem mesmo uma fossa, por isso era comum encontrar fezes espalhadas pelos cômodos. Para sobreviver, a família recolhia materiais recicláveis nas ruas do município. "Diante das mortes suspeitas, requisitei também exames para detectar meningite ou substâncias tóxicas". Na residência foram recolhidos ainda alimentos e água. Do cadáver de Maria das Graças serão coletadas amostras de sangue. Material recolhido do cérebro, bexiga e rins também serão analisados. Dependendo dos resultados, os outros corpos poderão ser exumados.





A Vigilância Sanitária informou que apenas após os exames será possível estabelecer o diagnóstico sobre o caso e quais medidas serão tomadas pela prefeitura, por isso foram realizadas avaliações clínicas e coletadas evidências que podem ajudar a esclarecer as mortes.





Comandante do Corpo de Bombeiros, o tenente Silmar da Silva Sendin disse que a presença dos bombeiros visava especificamente garantir a segurança dos profissionais envolvidos na visita e realizar algum trabalho específico, como até mesmo entrar em algum poço se necessário. "Os bombeiros deram segurança caso houvesse problemas e também usaram roupas especiais para se protegerem. A higiene era nula e as condições da casa terríveis", descreveu.

















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