Caros amigos,
O fato é que pessoas como Darwin, o maior biólogo da história da ciência, PRECISAVA de alguma coisa e falou no “mistério dos mistérios” para explicar o aparecimento espontâneo da vida na terra. Ninguém até hoje explicou, nem chegou mesmo a sugerir como se formou a primeira molécula, com capacidade reprodutiva, que deu início à vida na terra (e por que só na terra?). A curiosidade, o ceticismo e a dúvida devem também se estender à ciência, sem o que não se pode formular hipóteses...
A um famoso físico francês, La Place, Napoleão certa vez perguntou se ele acreditava em Deus. O sábio respondeu, “Sire, nunca precisei dessa hipótese”... Mas o ceticismo não satisfaz. O próprio Napoleão acreditou que um cometa, que apareceu no auge de seu fastígio, era um anuncio celestial de sua presença histórica. Será que pensou nisso ao final da batalha de Waterloo?
Na ciência moderna o “ceticismo” se depara com o chamado Princípio Antrópico segundo o qual o Universo, que apareceu a doze bilhões de anos (como? E por que?), surgiu com determinadas leis que, ao contrário da Evolução (progressiva), são eternas. E por que é o homem o único Ser que goza de liberdade e da capacidade de formular tais questões? O Princípio Antrópico admite uma espécie de Finalismo: o homem surgiu para poder contemplar o Universo, sem o que seria este um conjunto prodigioso de particulas elementares, as quais não existem senão como fatores da célebre formula de Einstein para a definição da Luz a qual, ela própria, não se define, permanecendo como simples abstração matemática. Me desculpem por estas especulações gratuitas...
Cordial Abraço
Meira Penna
www.meirapenna.org
Obs.: Meira Penna é autor de "Polemos - uma análise crítica do darwinismo", lançado pela Editora da Universidade de Brasília, em 2006 (F.M.).
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