Pego um papel ao relento,
Tiro uma caneta do criado,
Deslizo a mão como um drogado
E escrevo este verso apaixonado.
Bem me lembro e até entendo
As causas que por ti estou sofrendo
E que nada prova maior amor,
Do que escrever esta carta ao relento.
Posso ser um sonhador
Mesmo sem entender, conheço a dor.;
Não quero olhar o mundo em que vivo agora
Sem ao menos saber quem sou.
É um mundo indiferente,
É um mundo tão triste,
Que sempre falta com a verdade,
Que não morre, mas resiste. |