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Cronicas-->A MIRABOLANTE AVENTURA DE RAFAEL, O COVARDE - Parte III -- 23/12/2001 - 16:03 (José Renato Cação Cambraia) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
No capítulo 2 dessa imprevisível aventura, nosso já não tão covarde herói Rafael arrisca tudo (em nome da curiosidade sobre o sexo oposto?) e acaba entrando no potente Maverick do Gordo Seboso da Gaviões. Deitada no banco traseiro está a morena-delícia-cremosa, a qual, infelizmente, ainda não sabemos se está viva ou morta.

A MIRABOLANTE AVENTURA DE RAFAEL, O COVARDE - Parte III
(Fernando Giannasi)

Rafael somava muitos fatos, mas conclusão nenhuma se extraía de seus contraditórios pensamentos. Ele, introvertido, que ao menor sinal de conflito abrigava-se na leitura ingênua de romances policiais, nunca imaginara que uma dessas situações poderia figurar-se na sua vida pacata de covarde. Tudo o que já havia acontecido até agora superara todos os seus maiores devaneios.
Foi aí que sua surpresa ao tocar a bela morena foi rapidamente ofuscada pelo medo, pois o gordo oleoso, que acabara de sair de casa, parecendo que engendrava algum plano, aproximava-se do maverick em um ritmo um tanto apressado. Parecia atormentado com alguma coisa.
Logo, apesar de não ter sua vontade empírica satisfeita, Rafael achou melhor esconder-se. Ele sabia o que deveria fazer, mas não como. Estava bloqueado pelo medo, mesmo sabendo das consequências que enfrentaria se fosse pego em flagrante (que iam desde as possíveis reações do gordo até a proibição por parte de sua mãe de assistir ao jogo do São Paulo Futebol Clube, o time do seu coração).
Atónito, Rafael esperava pelo pior, quando repentinamente um grito foi ouvido, também muito agudo, muito de mulher:
-Espere, eu também quero ir! Acho que você vai precisar de ajuda.
Então a madame do Chevette marrom saiu apressada da casa, tomando a atenção do gordo e possibilitando a Rafael um tempo maior para que pudesse esconder-se. Rapidamente, esqueceu o medo e escondeu-se entre o banco da frente e o traseiro. Um esconderijo realmente um tanto medíocre se não fosse a discussão acalorada que já se desenrolava entre o motorista e a passageira, quando entravam no carro, fazê-lo passar despercebido (discutiam a derrota do Timão na última partida do campeonato).
Foi ao escutar essa discussão que Rafael percebeu um detalhe que até então tinha passado despercebido por sua índole de detetive particular. A voz daquela extravagante mulher era a mesma voz que ele havia cansado de ouvir todos os dias cantando as músicas do Roberto Carlos no banheiro, e que, curiosamente, também era a mesma voz que escutara gritando naquela fatídica madrugada de verão.
Nada mais fazia sentido para ele. Tantas interrogações confundiam a mente desse menino quase-homem quase-detetive. Algumas evidências levavam-no a seguir uma linha de investigação, mas outras levavam-no a outras totalmente contrárias à primeira. Já não sabia até se a morena estava morta ou não, pois, se por um lado sentiu o frio de seu corpo quando tocou sua pele, não havia sangue derramado nem sinais de ferimento, e por que o corpo dela ainda estava no carro se o "assassino" já poderia ter sumido com o corpo muito tempo antes?
Rafael esforçava-se para escutar a respiração de sua musa-morena, queria que estivesse viva para concretizar os seus sonhos daquela noite, mas o ronco grave do potente motor V-8 do maverick, de dar inveja a muitos carros por aí, não o deixava escutar sequer a sua.
Na sua condição de expectador privilegiado dentro do carro, na qual podia ver sem ser visto, ouvir sem ser ouvido, a única coisa que Rafael pretendia era coletar o máximo de informações que conseguisse para tirar conclusões sobre o acontecido, pois já estava envolvido até o pescoço com essa trama e não poderia demorar muito para solucioná-la. Já havia perdido seu dia de aula, e nessa altura sua mãe (muito coruja por sinal) já sabia que não estava na escola e já poderia até ter ligado para a polícia.
Mas ao passar por uma lombada muito rápido, o carro deu um pulo e Rafael desequilibrou-se e caiu no assoalho do mavericão, de pernas para cima, denunciando-se. Percebendo o que estava ocorrendo, o gordo agarrou-o pelo calcanhar de Aquiles e indagou:
- Quem é você? O que está fazendo aqui?
Rafael tremeu, pois era um covarde. Pensava que não poderia superar sua condição como tal. Teria agora que mostrar seu lado homem, seu lado coragem, seu lado força. Só não sabia se era ou não capaz.

CONTINUE DAQUI - e-mail para cambraia@netonne.com.br

Quem escreveu a continuação acima foi o aluno cabeceira Fernando Bolonhezi Giannasi, do 3o colegial do ANGLO, que pode ser conhecido pela minha turma de colegial (êita turma boa, a de 89!) como "o filho do Amadeu". Aliás, acabei de ver na internet que ele passou na primeira fase da FUVEST! Também, com o professor de matemática que tem...
Renato Cambraia é geminiano, tem 29 anos e quer ser astronauta quando crescer. Escreve nesse espaço sempre que Vênus entra em conjunção astral com Mercúrio na quarta casa.
A SEMANA - 22/12/01
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