Teu avô lá no inferno
Padece do mêrmo má
Qui sufria aqui na terra,
É broxado i imorá,
Muié nem sob pôrrete
Ele qué é o cacête
Do negão do hospitá.
Esse é fácil de ínviá,
Pois é um negão é nutrido
Um arvo bom de acertá
Um tiro no pé du ouvido,]
Ele cai de cu trancado
I nahora ele é inviado
I o véio tá bem servido.
Sabe duma coisa Anercido,
Esta tua siminaristação
É uma escôia esquezita
Pru neto dum garanhão,
Acho qui aí tem truta,
Também num gostas da fruta,
És cuma o véi, falastrão.
Mi faz um favô então
Passa pra mim sem demora
O celular do difunto
Quiêu ligo prá ele agora
Quarqué eletrônico eu acesso
Tô inté fazendo pogresso
Nos computadô agora.
Cá do reino das gulora
(quié é este lado de cá)
Ieu mexo em computadô
I posso inté telefoná,
É uma coisa ingraçada
Num sei se fotograifada
minha Figura sairá.
Aqui né ôto não, Anercildo, é Limêrinha do Tauá, preto véi infumaçado, mais quitém o fôigo de sete gato.
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