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Poesias-->MANHÃ CAlCINADA -- 02/05/2002 - 20:58 (Anderson Christofoletti) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Elì,Elì, lemà sabactàni?

J.C.





Conspurcar a hóstia com a lágrima da criança

A infância

Sonhos varados de realidade

A cidade

Indiferença sob a forma de asfalto

O palco



Certeza

Da sentença

Decretada por aquele que professa

O ódio

Como o ópio

Em tempos de andar solitário.

Os mártires são anjos

Depurados pela tenra idade

- Abortos de uma sociedade

Secularizada –.



O pão pedernal

Que o sol matinal

Revela aos pombos

É o bom-dia por entre escombros

De aurora.



A lágrima delineia sua estrada,

Porta a vil tatuagem da dor

Cortando os lábios da ferida crestada

Pelo sol de abril,

Pelo astro arpoador

Que fracassa no esboço

De uma esperança no rosto,

No desgosto

De mais uma criança.;

De mais uma rosa puída

Por carregar tantos espinhos,

Por ver cegar tantos possíveis destinos

- Caminhos -.



O jornal pejado de relatos podres

Acolhe.

A cola e os solventes

Confortam.



-É duro fechar os olhos

Quando não se sabe

Se vai amanhecer.



A aragem

Noctívaga

Rompe

A ramagem

De papelões.;

Rompe

As amarras

De cordões,

Cadarços

E barbantes

Escassos.

Cães fardados

Farejam o medo,

O sofrimento em segredo.

Cães manipulados

- Reflexos de uma doença latente -

Procuram anjos maniatados,

Limpam a consciência da sociedade

(Limpam-na das faces em degredo).



Gritos rasgam a noite assim como o metal dos riscos incandescentes:

Estrelas desgraçadamente decadentes

Que penetram a pele de seres inocentes.



A realidade fere a aurora.

O sonho chora

E o choro incomoda

A sociedade que dorme acordada

Em celas requintadas.



O silêncio cansado pelo ontem

- Que sabe a amanhã -

Devolve a paz pagã

Aos homens-de-bem

Que vêem

A vida como uma novela

Pela janela

De uma tevê.



©Anderson Christofoletti

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