Mãe querida.
Autor: Daniel Fiuza
24/09/2000
Ainda sinto doendo uma saudade
umbilical,
Como machuca essa saudade final!
Sinto as feridas abertas,
Longe da cicatrização,
Lembranças correm nas veias,
Ainda sangra o coração.
O passado vem à tona,
O colo, a sua mão,
A canção de ninar,
Sua proteção nas noites de medo,
Sua eterna atenção.
Dói, dói muito o peso da ausência.
Definitiva...
Fico com essa saudade cativa,
Lembranças marejando os olhos,
Um sofrimento escondido.
Esse sentimento de falta,
A privação da sua presença,
Faz-me impotente, me deixa infeliz,
Dita-me uma sentença, arranca a raiz.
Quero guardar a tua imagem,
De rainha, heroína, mãe com devoção,
Vou esculpir no meu peito,
O elo que foi desfeito,
Dentro do meu coração.
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