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Textos_Religiosos-->A ORDENAÇÃO DE MULHERES NA IGREJA CATÓLICA -- 25/11/2011 - 20:18 (Benedito Generoso da Costa) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Ordenação das Mulheres Entrevista com Gary Macy- 23/06/2009

Mulheres foram ordenadas até o século XII, diz teólogo historiador

A igreja deveria cogitar o retorno da ordenação das mulheres

Gary Macy, teólogo norte-americano, analisa a ordenação feminina, que acontecia até o século XII. A combinação da introdução do celibato com uma interpretação específica do direito romano e canônico e uma leitura da Bíblia que entendia as mulheres como inferiores levaram a uma nova compreensão que tornou impossível considerá-las competentes para ocupar qualquer cargo[1].

Por Márcia Junges

Até o século XII, as mulheres eram ordenadas em ritos específicos, sustenta o teólogo norte-americano Gary Macy, na entrevista exclusiva que concedeu, por e-mail, à IHU On-Line. De acordo com ele, “na protoigreja, as mulheres eram viúvas, virgens e diáconas. Na Igreja medieval, havia não apenas diáconas, mas também presbyterae (mulheres sacerdotes), episcopae (bispas) e abadessas. Os ter­mos presbyterae e episcopae são, às vezes, usados para designar as esposas de sacerdotes e bispos, mas não sempre”. A situação começou a mudar a partir do século XI, quando houve o movimento de reforma gregoriana. “Parte desse programa consistia na implantação do celibato, e alguns dos reformadores denegriam as mulheres para tornar o casamento menos atraente. Além disso, os canonistas optaram por seguir o direito ro­mano mais antigo que negava às mulheres o direito de depor. Os teólogos também sustentaram que as mulheres não eram feitas à imagem de Deus”, explica Macy. A combinação do celibato com uma “interpretação específica do direito romano e canônico e uma leitura da Bíblia que entendia as mulheres como inferiores, levou a uma nova compreensão das mulheres que tornou impossível que elas fossem consideradas competentes para ocupar qualquer cargo”. O teólogo teme que a compreensão de que as mulheres são inferiores continue a existir não apenas na igreja, ainda que não oficialmente, mas na sociedade geral como um todo. “Parte de nossa cultura de violência contra as mulheres certamente deve vir dos séculos em que a inferioridade das mulheres era ensinada pela igreja e implementada no direito canônico”, alfinetou. Contudo, ele se mostra otimista sobre o papel da mulher da igreja. “Talvez a Igreja (e todos e todas nós somos a Igreja) devesse cogitar alguma forma de retorno à compreensão anterior de ordenação”.

IHU On-Line - Quais são as evidências que demonstram que a ordenação de mulheres até o século XII era um fato?

Gary Macy - As evidências mais óbvias vêm dos ritos de ordenação. Ritos de ordenação para diáconas estão conti­dos no pontifical do bispo Egbert, de York, do século VIII, no sacramentário gregoriano do século IX e no pontifical romano do século XII[2].

Os papas Bento VIII em 1018, João XIX em 1025 e 1026, Bento IX em 1037, Leão IX em 1049 e Calisto II em 1123 fazem referência, todos eles, a mulheres ordenadas. Gilbert, bispo de Limerick (cerca de 1070-1145), Thietmar, bispo de Merse­burg (m. em 1018), e Atto, bispo de Vercelli (924-961), também fazem re­ferência a mulheres ordenadas.

É importante dar-se conta, entre­tanto, de que a compreensão de orde­nação até o final do século XII e início do século XIII era bem diferente do que seria em séculos posteriores. No primeiro milênio do cristianismo, as palavras ordo, ordinatio e ordinare ti­nham um sentido muitíssimo diferente do que passariam a ter em séculos pos­teriores. Os primeiros cristãos se apro­priaram da linguagem da “ordenação” usada em suas comunidades tomando-a de seu uso cotidiano. Este uso “co­tidiano” dos termos ordo e ordinare teve continuidade ao longo da Idade Média, como mostrará uma consulta mesmo superficial a qualquer dicioná­rio de latim medieval. Ordo podia de­signar simplesmente o estado de vida de uma pessoa, e ordinare ainda era um termo usado em sua acepção ori­ginal de proporcionar ordem num sen­tido político ou metafórico. De fato, ordinare em seu sentido básico indica simplesmente algum método de orga­nização.

Colocar seus livros em ordem alfabética é, em latim, ordená-los, e o ato de fazer isto é uma ordenação. Por isso, ordines (que é o plural de ordo) pode designar as tarefas que são feitas num certo grupo ou sociedade. É claro que dentro da comunidade cristã ha­via diferentes tarefas a serem feitas, e essas tarefas eram chamadas, com naturalidade, de ordines, e o proces­so pelo qual uma pessoa era escolhida para cumprir tal tarefa era chamado de ordinatio.

Citando o cardeal Yves Congar: “A ordenação compreendia, ao mesmo tempo, a eleição como seu ponto de partida e a consagração como seu tér­mino. Mas, em vez de significar, como aconteceu a partir do início do século XII, a cerimônia em que um indivíduo recebia um poder que a partir daí ja­mais poderia ser perdido, os termos ordinare, ordinari, ordinatio significa­vam o fato de ser designado e consa­grado para assumir um certo lugar, ou melhor, uma certa função, um ordo, na comunidade e a serviço dela”. A or­denação não dava a uma pessoa, por exemplo, o poder irrevogável e portá­vel de consagrar o pão e o vinho, ou de dirigir a liturgia; antes, uma co­munidade específica encarregava uma pessoa de desempenhar um papel de liderança dentro daquela comunidade (e só dentro dela), e ela dirigia a li­turgia por causa do papel de liderança que desempenhava dentro da comuni­dade[3].

Os termos ordinatio e ordinare, nessa acepção, eram usados para des­crever não só a cerimônia e/ou insta­lação de bispos, sacerdotes, diáconos e subdiáconos, mas também de portei­ros, leitores, exorcistas, acólitos, cô­negos, abades, abadessas, reis, rainhas e imperatrizes. Esses termos também podiam ser aplicados à consagração ou ao estabelecimento de uma ordem religiosa ou de um monastério ou até a admissão à vida religiosa. Assim, o termo para designar a escolha de um abade ou uma abadessa na Regra de São Bento é “ordenação”, e ritos de ordenação para abadessas aparecem em vários livros litúrgicos. Incluí todos os textos dos ritos de ordenação para diáconas e abadessas em meu livro.

IHU On-Line - Quais eram os cargos eclesiásticos ocupados pelas mulhe­res até esse período?

Gary Macy - Na protoigreja, as mulhe­res eram viúvas, virgens e diáconas. Na Igreja medieval, havia não apenas diáconas, mas também presbyterae (mulheres sacerdotes), episcopae (bis­pas) e abadessas. Os termos presbyte­rae e episcopae são, às vezes, usados para designar as esposas de sacerdotes e bispos, mas não sempre. Não exis­tem ritos para esses ordines, mas há uma descrição da ordenação de Brí­gida da Irlanda na descrição da vida dessa santa que data do século IX. É difícil saber com exatidão o que essas mulheres faziam. Há registros de al­gumas mulheres que serviam no altar, bem como de liturgias que são missas eucarísticas a serem realizadas por mulheres e datam dos séculos XI e XII.

Nessa compreensão mais antiga de ordenação, nem todas as funções sa­cramentais estavam reservadas ao sa­cerdócio. As abadessas, por exemplo, ouviam confissões e pregavam. Assim, é possível que mulheres servissem no altar como abadessas, por exemplo. Elas também podem ter servido junto com seus maridos no ministério sacer­dotal. As evidências disso são escassas, mas existem.

IHU On-Line - Quais são os funda­mentos políticos para que a Igreja mudasse de atitude quanto à orde­nação feminina?

Gary Macy - É difícil saber com cer­teza, mas a mudança ocorreu como parte do movimento de reforma do século XI, geralmente conhecido como reforma gregoriana. Parte desse pro­grama consistia na implantação do celibato, e alguns dos reformadores denegriam as mulheres para tornar o casamento menos atraente. Além dis­so, os canonistas optaram por seguir o direito romano mais antigo que nega­va às mulheres o direito de depor. Os teólogos também sustentaram que as mulheres não eram feitas à imagem de Deus. Tomás de Aquino, por exemplo, concordava que, em algum sentido, a imagem de Deus se encontra tanto no homem quanto na mulher, mas “num sentido secundário se encontra no ho­mem a imagem de Deus que não se encontra na mulher, pois o homem é a fonte e o fim da mulher, assim como Deus é a fonte e o fim de todas as cria­turas”[4].

Pedro de Tarantase, discípulo de São Tomás e futuro papa Inocêncio V, repetiu o ensinamento de seu mes­tre: “O homem está situado mais per­to de Deus, pois o homem é a imagem e glória de Deus; a mulher, por outro lado, é a imagem e glória do homem. Portanto, as mulheres deveriam ser reconduzidas a Deus através dos ho­mens, e não o contrário”.

Eu gostaria de observar que essa compreensão não era apenas teórica. Com base na compreensão de que as mulheres eram inferiores aos homens, os homens também tinham a respon­sabilidade de disciplinar as mulheres. A importante coletânea de leis do sé­culo XII, geralmente conhecida como Decretum formaria, uma grande parte do direito canônico até um novo códi­go de direito canônico ser publicado em 1917. Ela contém uma lei estranha do Concílio de Toledo, realizado no ano 400: “Se suas esposas pecarem, é, além disso, permitido aos clérigos mantê-las presas sem a severidade da morte e obrigá-las e jejuar, mas não enfraquecê-las até morrerem”. Ente­dia-se que essa lei se estendia a todos os maridos. O canonista Johannes Teu­tonicus escreveu um famoso comentá­rio que se tornou o texto padrão para o estudo do direito canônico durante séculos. Seu comentário sobre o direi­to dos clérigos de punirem suas espo­sas simplesmente repetia essa opinião geral. “Afirma-se aqui que, se as espo­sas dos clérigos pecarem, eles não de­veriam matá-las, e sim vigiá-las para que elas não tenham a oportunidade de pecar em alguma outra coisa, en­fraquecendo-as por meio de surras e fome, mas não até a morte”. De acor­do com Johannes Teutonicus, esta opi­nião se aplicava a todos os maridos e esposas.

Assim, parece que uma combina­ção da introdução do celibato, de uma interpretação específica do direito romano e canônico e uma leitura da Bíblia que entendia as mulheres como inferiores, levou a uma nova compre­ensão das mulheres que tornou im­possível que elas fossem consideradas competentes para ocupar qualquer cargo. Tomás de Aquino é bem explí­cito quanto a isto: “A razão pela qual [as mulheres] estão sujeitas e não no comando é que elas são deficientes em termos de razão, a qual é extre­mamente necessária para presidir. E por esta razão [Aristóteles] disse em sua obra Política (livro 4, cap. 11) que ‘existe corrupção do governo quando este cabe às mulheres’”. É claro que a introdução de Aristóteles também teve certa importância, como demons­trarei mais adiante. Entretanto, nada disso era inevitável. O celibato pode ter, e efetivamente tem, uma aborda­gem sadia das mulheres. O direito ro­mano posterior deu muitos direitos às mulheres. A Escritura não descreve as mulheres como inferiores. Por razões que ainda não entendo plenamente, os pensadores eclesiásticos daqueles séculos optaram por crer o pior a res­peito das mulheres.

IHU On-Line - De que forma a filosofia de Aristóteles, que passou a vigorar na Igreja do século XII em diante, in­fluenciou na misoginia que mantém a mulher longe do sacerdócio?

Gary Macy - No cerne do conceito de mulher da Igreja medieval tardia, se encontrava a firme crença de que as mulheres eram, por natureza, inferiores aos homens, e esta compreensão estava parcialmente baseada na filosofia de Aristóteles.

De acordo com Aris­tóteles, os homens são racionais, e as mulheres são emocionais. Os homens são frios, e as mulheres são quentes. Os homens são ativos, e as mulheres são passivas. As anotações de Tomás de Aquino para suas aulas sobre as cartas de São Paulo revelam seu uso de Aris­tóteles na compreensão das mulheres. De acordo com as anotações, “três coi­sas são apropriadas para as mulheres, a saber, silêncio, disciplina e subjuga­ção, pois estas três coisas procedem de uma única razão, a saber, o defeito da razão nelas [...] já que é natural que o corpo seja dominado pela alma e a razão [domine] os poderes infe­riores. E, por esta razão, como ensina [Aristóteles], sempre que quaisquer dois sejam mutuamente constituídos como alma para o corpo [...] a outra parte está sujeita à principal”. Logo, as mulheres estão para os homens as­sim como o corpo está para a alma. As mulheres precisam ser dirigidas pelos homens, assim como o corpo precisa ser controlado pela razão.

Tomás de Aquino foi igualmente franco em re­lação à natureza das mulheres: “No tocante à sua natureza específica, a mulher é algo defeituoso e acidental”. Isto, naturalmente, é uma referência à crença de Aristóteles de que as mu­lheres são “homens bastardos ou de­formados”, ou seja, a mulher resulta de uma recepção imperfeita do sêmen masculino no útero. Todas as mulheres são um erro que ocorre quando algo na natureza não dá certo durante a con­cepção.

Nessa compreensão, as mulheres eram, por natureza, inferiores aos homens simplesmente por serem mu­lheres. Nada que elas fizessem pode­ria corrigir esse defeito. As mentes das mulheres não eram capazes de controlar suas emoções e paixões, como o eram as dos homens. Não havia possibilidade de que as mulhe­res, como classe, estivessem inte­lectualmente à altura dos homens, como classe. Elas não tinham a força intelectual ou moral necessária. Por isso, as mulheres eram, como clas­se, incapazes de exercer papéis de liderança. Eu gostaria de salientar, entretanto, que o uso do conceito de Aristóteles a respeito das mulheres por parte dos pensadores medievais foi um ato consciente de seleção, assim como o foi a apropriação do direito romano. A filosofia de Aris­tóteles era suspeita e, inicialmen­te, foi proibida na Universidade de Paris. Até mesmo os teólogos que promoveram o uso de Aristóteles ne­gavam certos ensinamentos dele, em particular sua crença de que o mun­do era eterno. Os teólogos também poderiam ter rejeitado seu ensina­mento sobre a inferioridade natural das mulheres. O fato de não terem feito isso foi uma opção.

IHU On-Line - Como compreender a concepção aristotélica de que a mu­lher é metafisicamente inferior ao homem? Essa ideia continua encon­trando respaldo hoje na Igreja?

Gary Macy - Creio que respondi ade­quadamente a primeira parte desta pergunta na resposta acima. Quanto à segunda pergunta, temo que a compre­ensão de que as mulheres são inferio­res continue a existir não só na Igreja, embora não oficialmente, mas também na sociedade ocidental de modo geral. Parte de nossa cultura de violência contra as mulheres certamente deve vir dos séculos em que a inferioridade das mulheres era ensinada pela Igreja e implementada no direito canônico.

IHU On-Line - Você é otimista em re­lação ao papel das mulheres na Igreja do século XXI? Por quê?

Gary Macy - Sou muito otimista em relação à Igreja em geral e ao papel das mulheres em particular. O Espíri­to está atuante na Igreja hoje, parti­cularmente entre os leigos e, em es­pecial, entre as mulheres leigas. Nos Estados Unidos, ao menos, o número de mulheres engajadas no ministério é impressionante. De acordo com o Instituto Nacional para a Renovação do Sacerdócio, as mulheres represen­tam 25% de todos secretários [chan­cellor, no original, pessoa responsá­vel pela documentação] diocesanos, 80% de todos os ministros eclesiais leigos em nível de paróquia, 40% de todas as pessoas responsáveis pelo planejamento litúrgico nas paró­quias, 65% de todos os ministros res­ponsáveis pela música nas paróquias, 88% de todos os educadores religio­sos em nível de paróquia, 54% de to­dos os diretores do Rito de Iniciação Cristã de Adultos nas paróquias e 63% de todos os participantes de progra­mas de formação para o ministério eclesial leigo. Em 2005, as mulhe­res leigas constituíam 64% de todos os ministros leigos, enquanto que as religiosas representavam mais 16%. Isto significa que, em 2005, as mu­lheres realizavam 80% de todos os ministérios.

De fato, as pessoas lei­gas já assumiram a direção da Igreja Católica nos Estados Unidos e conti­nuarão fazendo isso. Poucos desses líderes leigos e talvez a maioria dos bispos não se deram conta disso ou não aceitaram isso, mas a estrutura da Igreja mudou, provavelmente de maneira irreversível.Talvez a Igreja (e todos e todas nós somos a Igreja) devesse cogitar alguma forma de retorno à compre­ensão anterior de ordenação. Então todos esses ministérios seriam con­siderados ordenados e o poder não precisaria estar concentrado num número cada vez menor de sacerdo­tes e bispos.

Certamente, estamos passando por uma escassez de sacer­dotes em nível mundial. De acordo com um anúncio feito pelo Vatica­no em 2004, em 1961 havia 404.082 sacerdotes no mundo inteiro, e em 2001 havia 405.067. Colocando es­ses números na devida perspectiva, o cardeal Darío Castrillón Hoyos, prefeito da Congregação para o Cle­ro, disse que, embora o número de sacerdotes tenha permanecido qua­se inalterado nos últimos 43 anos, a população mundial quase dobrou.

Bem, eu sou historiador, e não espe­cialista na Igreja atual; por isto, isso é apenas uma sugestão. Parece-me, entretanto, que a Igreja está mudan­do de algumas formas muito empol­gantes. Confio que o Espírito sabe o que está fazendo.

(flash.indd 34 4/6/2009 09:35:51 SÃO LEOPOLDO, 01 DE JUNHO DE 2009 - EDIÇÃO 295, 35)

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