O livro "O Mundo em uma frase - Uma breve história do aforismo", do jornalista americano James Geary (tradução de Claudia Gama Martinelli; Objetiva, 264 pg., 33,90 reais), é uma história da arte do aforismo.
Algumas frases:
"O coração tem razões que a razão desconhece" (Blaise Pascal).
"A sociedade se compõe de duas grandes classes: aqueles que têm mais refeições do que apetite e aqueles que têm mais apetite do que refeições" (Nicolas Chamfort).
"A maior quantidade de pensamento no menor espaço" (Friecrich von Schlegel, filósofo alemão, sobre o aforismo).
"A hipocrisia é a homenagem que o vício presta à virtude" (La Rochefoucauld).
"O patriotismo é o último refúgio do canalha" (Samuel Johnson).
"Um povo é o rodeio que faz a natureza para chegar a seis ou sete grandes homens" (Friedrich Nietzsche).
"Quero que a morte me encontre plantando os meus repolhos" (Michel de Montaigne).
"Espelhos e a cópula são abomináveis, porque multiplicam o número dos homens" (Jorge Luis Borges).
"Antes cair das nuvens do que de um terceiro andar" (Machado de Assis, in "Memórias Póstumas de Brás Cubas").
"O aforismo jamais coincide com a verdade; ou é meia verdade ou verdade e meia" (Karl Kraus, aforista australiano).
"Filosofia de bolso, mas nem por isso menos profunda, o aforismo pode ter uma quantidade orientadora para o leitor que se dedica a guardar uma frase de cor. Há bússolas morais para todos os gostos, das iluminações de místicos como o Buda ("Sejam lâmpadas para si mesmos") ao cinismo mundano de La Rochefoucauld, duque francês do século XVII ("Os velhos gostam de dar bons conselhos; isto consola-os de já não ser capazes de dar um mau exemplo").
O Mundo em Uma Frase lista cinco características de um aforismo: deve ser breve, definitivo, pessoal e filosófico, e conter alguma forma de guinada, de surpresa conceitual"
Fonte:
Revista Veja n. 2005, de 25/4/2007, in "Poucas palavras, muitas idéias", pg. 124-125, texto de Jerônimo Teixeira.