Houve época em que os testes de inteligência estiveram muito em voga. Todavia, verificou-se, com o decorrer do tempo, que as medidas utilizadas para avaliar a inteligência dos seres humanas eram falhas e que nem sempre pessoas com alto quociente de inteligência tinham êxito na vida e conseguiam atingir o sucesso nos seus empreendimentos nos diversos setores de sua atuação: pessoal, familiar, comunitária, profissional, financeira e outras.
Mais recentemente, estudos realizados principalmente por psicólogos norte-americanos, puderam constatar que o sucesso nos empreendimentos, além de muitos fatores, dependem do conhecimento e da inteligências, mas dependem também, e muito, da persistência e da vontade, fatores muito mais ligados às emoções dos seres humanos do que à sua racionalidade.
Uma série de livros e outras publicações vêm sendo editadas ultimamente, enaltecendo as pesquisas e estudos da chamada inteligência emocional, ou seja, do quanto as emoções positivas podem influenciar na busca e no alcance do sucesso de cada um dos seres humanos sobre a Terra, onde quer que busquem a sua realização pessoal, nos mais diversos setores de atividade. Sem as emoções positivas, de pouco vale a inteligência.
A inteligência é prerrogativa, em maior ou em menor grau, mais voltada para as abstrações ou para a realidade material, de todos os seres humanos. Não há ninguém sobre a Terra, a não ser pessoas com graves problemas neurológicos, que possam ser consideradas desprovidas de inteligência.
Todos recebemos esse dom, embora fique claro que somente alguns a recebem em alto grau, apresentando quociente de inteligência capaz de levá-los à classificação de gênios.
Mas, a questão do sucesso ou das dificuldades na vida talvez esteja muito mais vinculado à emoção realmente do que à inteligência.
Emoções que estão presentes na férrea vontade de superar obstáculos de algumas pessoas, na persistência e até mesmo teimosia de outras, no amor de tantas, em todos sentimentos enfim, capazes de multiplicar os recursos disponíveis colocados à disposição de cada um de nós ou de grupos de pessoas e que as fazem superar as mais terríveis dificuldades, levando-nos ao êxito e ao sucesso.
Não é atoa portanto que Thomas Alva Edison, o famoso inventor norte-americano, costumava afirmar que”os gênios são constituídos apenas de 1% de inspiração e de 99% de transpiração.” Edison sabia do que estava falando.
Muito mais do que à sua genialidade, ele atribuía suas extraordinárias descobertas, algumas das quais revolucionaram o mundo neste século, às horas sem fim que passava trabalhando, dia e noite, insone, em seu laboratório.
É uma pena portanto, que algumas pessoas limitem seus objetivos, por considerar que não são suficientemente geniais ou inteligentes para atingi-los, ou que consideram-se inferiores em inteligência a seus competidores, desistindo de lutar por seus objetivos, idéias e ideais. É uma pena também que muitos pais criem barreiras ao educarem seus filhos, ou educadores prejudiquem seus alunos, classificando-os perante seus irmãos ou colegas como menos inteligentes ou menos dotados, como se isso pudesse condenar alguém a fracassos.
Um quociente intelectual menos favorecido pode ser amplamente compensado pela tenacidade, pelas emoções positivas do amor e do entusiasmo, pela força incrível da persistência e da vontade, que faz co que o ser humano, qualquer ser humano, possa realizar obras imorredouras durante o breve tempo de sua vida. Da mesma forma, quantos os gênios que, limitados pelo desânimo, pela pouca vontade, pelo desamor, nada realizam de produtivo, desperdiçando o incrível quinhão de maravilhosa inteligência recebido do Grande Arquiteto do Universo, ao nascerem.
Some sempre muito, mas muito mesmo, de sua vontade positiva e férrea à sua inteligência.
É dessa receita que nasce o êxito, o sucesso.
Mário Galvão é jornalista e profissional de RP
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