RITA AVANÇA SOBRE OS ESTADOS UNIDOS
O furacão Rita, que já alcançou a categoria 2 da escala Saffir-Simpson, está a 80 km da Flórida, nos Estados Unidos, e a 105 km de Havana, capital de Cuba. Ventos derrubaram cabines de salva-vidas em praias dos EUA, atingiram Miami, e deixaram 11 mil pessoas sem luz no sul da Flórida.
Há menos de um mês, a passagem do furacão Katrina pelo sudeste dos EUA devastou a cidade de Nova Orleans, na Lousiana, e deixou cerca de mil mortos na região.
Um furacão considerado categoria 1 é o mais fraco, e causa pequenos danos materiais, e o de categoria 5, o mais forte, com ventos que ultrapassam os 249 km/h, pode destruir tudo o que estiver pelo seu caminho. Furacões na categoria 2 têm força o suficiente para arrancar árvores e telhados das casas, além de provocar fortes tempestades nos locais atingidos.
Os ventos do furacão Rita já chegam a 160 km/h, de acordo com o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos. Há ainda a possibilidade de haver tornados isolados na Flórida.
O Rita se movimenta a uma velocidade de 24 km/h, de acordo com o centro americano. Mas meteorologistas dizem que o furacão deve ganhar ainda mais força assim que atingir o golfo do México.
Efeitos na América Central
Em Cuba, o Rita provocou a retirada de ao menos 100 mil pessoas nas Províncias de Matanzas, Sancti Spiritus e Villa Clara. Mais 126 mil moradores de Havana devem ser removidos ainda nesta terça-feira.
O governador da Flórida, Jeb Bush, mobilizou 2.400 membros da Guarda Nacional para que auxiliem em eventuais operações de resgate de pessoas nas regiões afetadas pelo Rita. Ele também pediu aos moradores da costa do Estado que não tentem deixar o local agora, que o furacão está muito próximo.
O governo federal, bastante criticado por sua atuação no resgate das vítimas do furacão Katrina, que devastou a Costa Sul dos EUA em agosto passado, também enviou equipes de resgate e coordenação, assim como alimentos e artigos de primeira necessidade à Flórida, de acordo com o Departamento americano de Segurança Interna.
Nesta segunda-feira, 40 mil pessoas foram removidas do arquipélago de Flórida Keys mas, segundo autoridades locais, ao menos 13 mil pessoas resolveram "ficar no local para enfrentar a tempestade", apesar dos apelos para que os moradores deixassem a região.
Até as primeiras horas da manhã desta terça-feira, o Rita ainda era considerado uma tempestade tropical, mas já havia previsão de que ele poderia se tornar um furacão antes de atingir a Flórida.
Esse é o segundo furacão a passar pelos EUA após o Katrina, que atingiu os Estados da Flórida, Louisiana, Mississippi e Alabama, deixando um rastro de destruição que deverá custar bilhões de dólares aos cofres americanos. Na semana passada, o furacão Ophelia ameaçou a Costa Leste americana, mas provocou poucos danos materiais. Após ficar alguns dias estacionado na região, seguiu para o Canadá.
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