Brinco de brincar
E me assusto com a brincadeira,
Recuso-me a parar,
Viro-me a brindar
Com amigos, este ato de se matar.
Olho pros lados
Sem ver fronteiras,
Imagino a imagem de uma vida alheia
A fatos contados dos mais nobres poetas
Que vivem numa das mais tristes eras...
Sinto poder,
Subindo meu corpo,
Sem parar,
Nem para olhar a verdadeira mensagem
Que emitem o sangue de meus vasos,
Ou os vasos de um sangue...
Sem ouvir os contos contados pelos melhores autores,
Que indicam vida,
Surgindo do nada.
Mas como será esse nada?
Forte,
Grito sem parar,
Para assustar
Quem quer que venha a me olhar.
Balanço os cabelos,
Sem nem entender porque,
Mas sei que nunca mais irei viver.
Thiago Reis Lang
thiago978@yahoo.com |