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Poesias-->Singular -- 08/05/2002 - 22:45 (Alyne Roberta Neves Costa) |
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Não posso renunciar do que sou
Como uma estrela cadente desaparecer
Não quero transmutar o que sinto
Como as árvores, mudar a tonalidade das folhas
Não tentarei adoçar meu sabor
Abdicar do vértice e tornar-me aresta
Não vou como numa ciência exata equacionar a explosão do meu querer
Não quero aparência que ofusca
Quero busca
Quero o encontro do seu ponto no meu ponto
Ainda que em linhas deliciosamente sinuosas
Ainda que efêmero
Quero cumplicidade
Quero amizade
Quero transparência
Quero diferença
Quero essência
Quero a singeleza do seu amor
Quero que aceite a minha simetria:
O seu dia no meu dia,
A sua alegria na minha alegria.
Deixando nascer e florescer, inexoravelmente, as nossas singularidades.
abril de 1994
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