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Cronicas-->PACATO CIDADÃO -- 16/04/2000 - 01:14 (Henrique José Castelo Branco) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Ali estava, o pacato cidadão, sentado à beira do caminho, olhando para todos os lados e tentando se achar, entender o que se passava a sua volta, para onde ia, o que buscava, qual era a dele nesse mundão...
Ai, depois de levantar, caminhar, por montanhas e planícies trilhar, resolveu parar na frente de uma encruzilhada, igual a tantas outras que já havia cruzado pelo caminho. Olhou para as opções de caminho, tentou avaliar o que cada uma teria a oferecer... Só que ai, baixou uma tristeza, uma duvida, uma vontade de ter outra opção... Mas sua razão dizia: - "O pacato, o que esta questionando não é questionável. Sua obrigação é seguir, ir em frente. A opção de parar ou mudar de estrada não é de sua competência".
E a cada reforço da razão, o pacato ficava mais triste... tudo começava a escurecer... menos algumas luzes que cruzavam o céu e insistiam em ser diferentes, em ser rápidas e fugazes, mas em serem elas mesmas. Não importavam muito se eram pequenas e rápidas, o que valia era o emanar da luz e o seguir, cruzando o céu, no vácuo e na direção que for... Ver aquilo o deixava ainda mais indeciso: - "Veja só, tem outras opções nessa vida, mas eu, pacato cidadão, preso a meus grilhões e missões, não posso seguir. Não sei voar e nem tenho luz para fazer brilhar". A razão, que não perde oportunidade de firmar sua posição, vinha a reboque e dizia: - "Levante, olhe para frente, decida sobre o caminho. Pare de olhar pro céu, não é lá que sua realidade vive !!!".
O pacato sentia-se então compelido a seguir. A escolher o caminho que melhor lhe conviesse. E assim o fez por muitas luas. Até que um dia, uma dessas luzes que cruzam o céu veio em sua direção e como que um fogo de artificio estourou em sua frente, iluminando e colorindo seu viver.
Foram poucos segundos, mas foram belos e significativos segundos. Um lapso de tempo suficiente para deixar um brilho eterno em seus olhos e uma fagulha de fogo que atingindo o coração o fez descobrir que o segredo não estava no norte - na mente, mas sim no sul - no coração. Mas coitado do pacato, se já não se encontrava no caminho que tinha familiaridade, imagine agora, em piso novo e com padrões e sensações novas e sem muita lógica e razão. Coitado do pacato...
Só que, na briga entre a consolidada razão e a louca e desvairada sensibilidade, algo de novo começou a acontecer dentro de seu ser. Surgiu uma inquietação interna, que foi crescendo, foi se tornando parte de seu corpo e, quase como que por milagre, começou a emanar luz, podendo ser vista pelas outras pessoas, que encantadas com aquela luminosidade pura e bela, se aproximavam e se sentiam quentes e felizes de estarem ali, no claro que ela proporcionava. O pacato começou então a olhar em volta e a ver tudo com outros olhos. Olhos que viam por forca da luz externa e da luz interna. Novos caminhos e opções se tornaram visíveis e palpáveis. O caminhar se tornou mais solto, ele até se achava capaz de dançar, de caminhar dançando, iluminando e sendo seguido por várias outras "luzinhas", que como a que explodiu em sua frente, caminham pelo céu, a procura de outro pacato cidadão.
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