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Artigos-->MÁFIA DO APITO: QUEBRANDO OS ELOS DA CORRENTE -- 07/10/2005 - 09:47 (Fernando Antônio Barbosa Zocca) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
MÁFIA DO APITO: QUEBRANDO OS ELOS DA CORRENTE





O promotor José Reinaldo Guimarães Carneiro do Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Repressão ao Crime Organizado) suspeita que o árbitro Paulo José Danelon participava dos esquemas de fraudes nos jogos de campeonatos anteriores aos confirmados pela investigação, Paulista, Brasileiro e Libertadores de 2005.

De acordo com Guimarães, Danelon chegou a fraudar jogos antes mesmo do empresário Nagib Fayad, o Gibão, manter contato com Edílson Pereira de Carvalho, acusado de vender resultados na Série A e Copa Libertadores.

“O Danelon fraudava antes do Edílson. A lógica da investigação demonstra objetivamente que a fraude anterior do Danelon existia antes do Edílson entrar na organização”, revelou Carneiro. Quando questionado se outros campeonatos poderiam ter sido ‘contaminados’ por atuação do árbitro, o promotor respondeu positivamente. “Poderiam. Tudo que eles mexeram eu tenho como suspeito, partindo do princípio que você não pode ter um meio-corrupto”, disse Carneiro.

O árbitro piracicabano ainda não falou com a imprensa e, de acordo com a família, está depressivo e sob tratamento médico. Sua advogada, Ilda Helena Duarte Rodrigues, contou que seu cliente respondeu a todas as perguntas dos promotores e que Danelon reconheceu ter interferido no resultado de apenas três jogos pelo Campeonato Paulista deste ano. Inclusive, Danelon teria sido questionado pelo Ministério Público e pela Polícia Federal, no dia de seu depoimento, 28 de setembro, sobre fraudes anteriores, negando prontamente.

“Ele foi questionado e negou, todas as vezes. Ele contou essa mesma história que consta no depoimento”, disse a advogada. De acordo com a defensora, no mesmo dia o árbitro abriu mão de seu sigilo bancário e se dispôs a colaborar com a investigação. Sobre a declaração de Carneiro, a advogada classificou como normal. “Ele está fazendo o trabalho dele. Aliás, o Ministério Público e a Polícia Federal fazem um excelente trabalho. Portanto, não me cabe ficar discutindo essa declaração”, finalizou.

O Gaeco ainda conta com a participação de Roberto Porto nas investigações. Ele é Promotor de Justiça. De acordo com Carneiro, a agenda do MP está voltada para a análise das provas e documentos apreendidos.



O elo da corrente que se quebra



A promotoria também acredita que o mesário Vanderlei Pololi era o contato direto entre a quadrilha e a arbitragem e lamenta as negativas que ele prestou durante o depoimento. “O Pololi é o articulador com contato direto com a arbitragem, tomou uma postura desrespeitosa para com a Justiça e com o Ministério Público".

Para o promotor, o nome de Edílson teria sido indicado por Danelon, e Pololi ficou responsável em aliciá-lo. “O Edílson foi cooptado pelo Vanderlei (Pololi). Por indicação do Danelon. O Vanderlei é um cidadão especializado na cooptação de árbitros, isso é claro na investigação”, contou.

Preso desde a última sexta-feira na sede da Polícia Federal, Vanderlei Pololi deve ganhar liberdade neste final de semana. O prazo da renovação de sua prisão temporária expira no domingo e ele só pode permanecer detido com um pedido de prisão preventiva.

Seu advogado, Constantino Sérgio de Paula Rodrigues, disse que Pololi se tornou um ‘bode expiatório’ na mão dos árbitros envolvidos no escândalo. “Tanto o Edílson, como o Danelon, como esse árbitro (Romildo Corrêa, relacionado como testemunha), são amigos. Então eu acredito que eles tenham formado um álibi, mesmo porque a própria Polícia Federal possibilitou essa situação, ao colocar os três na rua. Um (Corrêa), tudo bem, não tinha o porquê de ser preso”, disse De Paula.

Sobre a acareação feita entre o árbitro Romildo Corrêa, que reconheceu Pololi como o senhor que o procurou em setembro de 2004 para conversar sobre apostas, o advogado disse que ela não tem um valor. “Para ele (Romildo), era fácil reconhecer o Vanderlei, porque ele foi destacado em todos os noticiários”, lamentou Constantino de Paula. Para o promotor Reinaldo Carneiro, não há dúvidas do envolvimento do Pololi. “Ele (Pololi) pode entregar um monte de gente”, afirmou.
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