Outro dia , uma leitura na Missa fixou-se me na memória. Era uma passagem da carta de Paulo aos Coríntios I, versículos 22, 23 :
“...OS GREGOS ME PEDEM SABEDORIA, E OS JUDEUS ME PEDEM DEMONSTRAÇÃO DE PODER. EU PORÉM VOS ANUNCIO A JESUS CRISTO, E ESTE CRUCIFICADO; ESCANDALO PARA OS JUDEUS E INSENSATEZ PARA OS GREGOS...”
Não conheço formulação mais sintética e penetrante do que seja o cristianismo.
Não é uma doutrina. Não é uma Filosofia e muito menos uma Teologia. Também não é um projeto político de reforma do mundo.
É uma pessoa.
E uma pessoa em seu estado mais abjeto e desprezado.
Um judeu, que há cerca de dois mil anos viveu numa remota província do Império Romano. Que perambulou por três anos, seguido por um punhado de pescadores. Nada escreveu e apenas falou do cotidiano. Acabou crucificado, punição para criminosos. E voltou a estar entre os vivos, segundo testemunhas.
E os que vieram a ser dizer cristãos são os que confiaram, deram fé, naquele homem. Aquele simples, que escandalizou nossa razão e nossos valores.