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Poesias-->(NET) AMIGAS -- 09/05/2002 - 19:15 (Valéria Tarelho) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Uma grande amiga

pode surgir do nada,

de mansinho,

em silêncio,

de repente,

e, repentinamente,

se tornar nosso tudo

com sua presença constante,

embora esteja distante,

porque para o coração

não há fronteiras,

nem divisas,

ou barreiras.

Há uma ponte

fabricada de carinho

que transpõe os limites

dos sentidos humanos

suprindo a falta do contato,

o bem-estar do escutar,

a doçura da fala mansa

e o calor da suave presença

que a visão de uma amiga representa.



Minha grande amiga é assim

- uma antítese :

tão longe e tão perto,

tão distante fisicamente

e tão presente em mim

que chego a tocar sua face

numa demonstração de afeto.

E sinto seu perfume,

que desconheço a marca

mas reconheço ser o dela...

E lhe estendo a mão

para servir de apoio,

para ser o alicerce

dos momentos de fraqueza.

E lhe abro os braços,

e lhe envolvo num abraço

caloroso, apertado,

para que sinta

que estou a seu lado

em constante pensamento,

a qualquer hora e momento

e em qualquer circunstância...

Não importa a distância.



Um dia nos encontraremos

minha querida net amiga

que o acaso aproximou.

E, caso não seja o acaso,

foi um anjo que está no céu

e que tem o nome teu,

que nos INTERligou.

Nada é improvável,

tudo é possível,

nesta palpável

surreal realidade.



E nesse dia, minha amiga,

Nesse dia tão premente,

as 4 estações se farão presentes

para que eu possa dividir contigo

desde as manhãs da primavera,

às frias noites de inverno

banhadas a chocolate quente,

nas quais, juntas, teceremos

uma colcha de retalhos

cerzida com nossa fibra

e pedaços de nossos sonhos

desbotados,

coloridos,

furta-cor.

Depois, nossos filhos cobriremos,

com esse manto de amor.

Iremos fiando e falando

tudo o que não foi dito,

o que foi subentendido

e o que foi dito também...

O que ficou nas entrelinhas

servirá de arremate

dessa nossa sintonia.

Seguiremos produzindo,

entrelaçando nossa estima,

urdindo algo sólido,

tramando tal qual

aranhas saídas ilesas

dessa teia de intrigas.

Convivendo,

descobrindo,

apoiando,

criticando...

sendo plenamente amigas.



Que no outono do nosso dia

sopre uma brisa suave,

para contrastar, levemente,

com o turbilhão de emoções.

Passearemos pelo parque

em meio às folhas ao chão,

espalhando-as ao alto

tal qual um tufão,

deixando para trás nosso rastro,

nosso vestígio,

nossa pista...

E em plena tarde de outono,

que é tempo de colheita,

faremos uma coleta

de tudo de bom que vivemos...

Jogaremos conversa fora,

sem pressa

e sem hora,

como se o dia

não terminasse,

como se o mundo

se resumisse,

como se a vida

vibrantemente celebrasse

a nossa grande amizade.



Quando, por fim, neste dia,

o verão se aproximar,

não virá sozinho.;

trará uma agradável companhia

para nos presentear:

a sedutora primavera,

trazendo um misto de cores,

de aromas e amores

e uma torrente tempestade

passageira e inesperada

como as de final de tarde

e parecida com este encontro

que vai deixar sua marca,

que vai ficar na saudade...

Venhas logo, amiga, sem demora!

Cuidaremos das plantas do jardim,

da sobremesa para o jantar,

pegaremos um cineminha

para juntas rir ou chorar.

Cometeremos, sem remorsos,

pecados atrozes

servidos em taças geladas,

regadas à caldas diversas

e confeitadas com nozes...

Pode ser de chocolate,

pode ser também crocante,

desde que seja SORVETE!!!

Lá se vai nossa dieta...



Somos grandes amigas,

sem sermos velhas amigas.

Não crescemos lado-a-lado,

não convivemos no dia-a-dia,

não moramos no mesmo bairro,

sequer na mesma cidade.

Não me confidenciaste

teus segredos de menina

e o primeiro beijo que deste.

Tudo o que sei é recente

mas o mais importante, minha irmã,

não é o passado que não tivemos.;

é o presente que vivemos,

e no qual, unidas,

edificamos e consolidamos

a estrada do amanhã.



Val - 09/05/2002

Dedicado à minha amiga Cláudia Lima

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