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Artigos-->REPÚBLICA DOS IMPOSTOS -- 10/10/2005 - 12:17 (Jeovah de Moura Nunes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos






REPÚBLICA DOS IMPOSTOS







Somos enganados e enrolados pelos governos: federal, estadual e municipal no que concerne aos impostos. Todos esses governos não querem fazer uma reforma tributária, que tornem os impostos menos cruéis. Não abrem mão do excesso de tributação que inviabiliza os anseios justos e honestos do empresariado, tanto micro, como pequeno e até o grande. A fome de arrecadar dos governos são como uma espécie de histeria. Inventam de tudo para sangrar o bolso do cidadão. Fazem lucubrações permanentes para se criar mais um tipo de imposto, como se nós cidadãos comuns fôssemos muito bem pagos em nossos salários. Como se cada um de nós tivéssemos uma espécie de teta só do governo e que ele sugasse o quanto quisesse na hora que quisesse. Além disso, age como criminoso porque coloca obstáculos para quem não pode pagar. Por exemplo: se você não declarar sua renda, por algum motivo diante das severas exigências do governo, sofrerá sanções como uma prática da extorsão que ele, governo, chama de multa. O cidadão terá de pagar mais de R$160,00 e sofrerá outras sanções como não poder participar de concursos públicos, não poder abrir conta em banco, não poder agir no mercado comprando ou vendendo algo, principalmente imóveis. Nem parece que estamos lidando com “algo” chamado governo e sim uma organização “mafiosa”, especializada em acachapar o honesto cidadão brasileiro.



Quanto ao impedimento de prestar concursos públicos acho ótimo, uma vez que os concursos públicos não são mais confiáveis. Você pode até passar em primeiro lugar, mas se os poderes, tanto executivos como legislativo, ou judiciário resolverem dar a vaga para um parente do “todo poderoso”, então meu irmão esqueça. Não digo isso apenas por dizer. Digo porque fui vítima dessas coisas. E não foi apenas uma só vez.



Neste cenário, o pobre diabo que resolve abrir uma empresa sofrerá revezes em sua vida que ele não desejaria nem para o Satanás no inferno. E ainda assim o cidadão luta desesperadamente no intuito de se tornar independente através de uma empresa. Lógico: isto sempre foi, em países civilizados e democráticos, o cerne do desenvolvimento de cada um e da nação como um todo. E nós, tentando confiar na “democracia” de nosso país agimos como os cidadãos de outros países. Só que nossa democracia coloca empecilhos ao cidadão honesto e abre o jogo para os desonestos. Aquele arrasta sua cruz; este deita e rola no dinheiro sujo.



Escrevo essas coisas lembrando de mim mesmo. Quando resolvi sair da informalidade, deparei-me com obstáculos deprimentes ao tentar levar uma pequena loja em frente. Montei-a aos poucos e tive progressos, mas notava com grande desgosto que um sócio invisível, mas presente, comia-me por uma perna. E vez por outra era achacados por fiscais da fazenda estadual, tão corruptos quanto os fiscais da prefeitura, que tinham a tarefa de, além de receber impostos, cobrar propinas semanais. Para machucar mais ainda tive um contador que não pagava meu carnê do INSS. INPS naqueles tempos. Ficava com a grana. Só quando precisei visitar o ambulatório em São Caetano do Sul, onde morava, foi que fiquei sabendo da roubalheira do tal contador. O nome dele jamais me esquecerei: ISAÍAS, pastor e ladrão de mais uma igreja que abençoa ladrões.



Percebe-se que nosso país não tem cura. Digo para breve. Pode ser que sejamos um dia um país melhor, mas com certeza a atual geração não terá nenhuma participação nesses lucros. Só as gerações futuras poderão, sabe lá Deus, arrumar esta casa desarrumada. E ainda duvido muito disso.



Nós vivemos hoje num país semelhante à União Soviética dos anos 30, com a diferença de existirem 60 milhões de pessoas vivendo em condições sub-humanas; 5 milhões mais ou menos vivendo como escravos; 60 milhões vivendo de salário-mínimo de 300 reais; 40 milhões mais ou menos como pessoas que podem comer e ter propriedades; 20 milhões mais ou menos de pequenos ricos, ou burgueses; 3,5 milhões de ricos; e 1 milhão de super-ricos e 500 mil pessoas magnatas.



Todos têm de pagar impostos. Mas, o crime maior da mãe pátria é cobrar do miserável o mesmo imposto que cobra do magnata. Quer dizer, a lei é igual para todos só na hora do pagamento de impostos. Quando se tratam dos direitos a lei só vai favorecer os “maiorais”. Contudo, acredito que o Brasil vai mudar de nome um dia. Aos poucos a terra brasileira está ficando conhecida como “O PAÍS DOS IMPOSTOS”, ou “REPÚBLICA DOS IMPOSTOS”.



Nome muito bem merecido.





Jeovah de Moura Nunes

poeta, escritor e jornalista



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