Malária e outras doenças já começaram a aparecer na região da Caxemira paquistanesa, afetada pelo tremor de 7,6 graus na escala Richter, ocorrido no sábado. Restos de corpos e esgoto sem tratamento contaminaram o rio Neelum, a principal fonte de água na capital provincial de Muzaffarabad, onde foi registrado o epicentro do terremoto. A cidade, que abriga 600 mil pessoas, contabiliza 11 mil mortos. A ONU (Organização das Nações Unidas) emitiu um alerta nesta terça-feira contra a possível ocorrência de uma epidemia de cólera e pneumonia.
O primeiro-ministro paquistanês, Shaukat Aziz, afirmou nesta terça-feira que o número oficial de mortos no país em decorrência do terremoto de 7,6 graus ocorrido no sábado, que atingiu o norte do Paquistão chega a 23 mil. Na Índia, os mortos já são 1.300. Ao todo, 24 mil pessoas morreram e mais de 50 mil ficaram feridas nos dois países. Autoridades também dizem não ter nenhuma informação sobre cerca de 2.000 pessoas que moram na fronteira da Caxemira entre a Índia e o Paquistão. A contagem de mortos no terremoto tem sido dificultada pelo fato de que várias regiões afetadas são bastante remotas e de difícil acesso.