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Poesias-->Companhia -- 13/05/2002 - 12:08 (Daniela Pereira da Costa de Menezes) |
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Que solidão é essa
Que persiste em insistir
Já não mais pertence a mim,
Mas sua sombra continua
A atormentar meus passos.
Corro em direção ao vento
Mesmo sabendo que jamais
Jamais o terei em minhas mãos.
Cachoeiram meus olhos
Só de pensar em sua companhia
Que paulatinamente me tortura
E meus membros mais finos
Enrugam ao sentir tua presença.
Noite cai, ressurge a escuridão
Vadia, imensa, vazia...
Turno horrendo.
Envolve-te no vento
E com ele vá em busca te outra
Já disse-te que não pertences a mim
Que tua presença não se faz agradável
Apesar de muitas vezes ter quisto.
Manhã acorda, esperança
Firmamento brilha
Aurora reluzente.
Não vou mais descorrer contra ti
Mas tu não me dá outra...
Não vou mais torrar meus
Singelos e precários vocábulos
Apenas digo-te novamente:
Vá, vá...
Debruço na cama, meio casal
E quando olho ao lado,
Quem encontro?
O suor escorre pela fronte
Suas gotas esvaecem até o riachinho
E aquele que era puro torna-se infermo
O que era azul, vira preto
E o que era morno, vira fervente...
Vá, vá...
Siga teu infortúnio
E esqueças que aqui existo...
E que existiu...
Daniela Pereira da Costa de Menezes
Porto Alegre/RS
20 anos
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