O tempo me cobre de lágrimas,
E não há ninguém para me ajudar.
Os meus erros retornam mais fortes,
A minha mente não quer se calar.
Mas por mais fortes que sejam as dores,
Não é do ser humano desistir.
E por mais que se percam os valores,
A ânsia da luta clama dentro de mim.
Se me chama a lança de Eros,
Nada faço, não posso resistir.
Se me cantam os eufos da história,
Só me resta a eles seguir.
Sendo assim, mais uma vez sou a vítima,
Ou então assim quero que pensem de mim.
Eu me faço, eu reconto a história.
Eu quero que seja assim.
Não mendigo o amor,
Nem vivo por ti,
Mas me fazes escrava da luta,
Pra viver de amores por ti.
E o tempo me cobre de lágrimas...
Fabiana Reissinger
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