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Artigos-->20º BIB: Batalhão Infestado de Burros -- 16/11/2005 - 10:06 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Trote foi "brincadeira", diz sargento



MARI TORTATO



da Agência Folha, em Curitiba

15/11/2005 - 10h10

http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u115263.shtml



Os trotes violentos aplicados a sargentos novatos em um quartel de Curitiba do Exército, que o "Fantástico" mostrou em reportagem no último domingo, não teriam passado de "brincadeiras consentidas". Foi o que disseram à Folha oito dos 12 terceiros-sargentos da 2ª Companhia de Fuzileiros de Curitiba identificados nos vídeos que foram ao ar.



Giovani Moscatelli e Marcelo Salles Correa, dois dos supostos aspirantes submetidos à tortura dos veteranos, estavam no grupo que concedeu a entrevista. Eles sustentaram a mesma versão: disseram também que não são novatos e que se submeteram à "brincadeira" voluntariamente. E que em várias "brincadeiras" figuraram no papel invertido.



"Fui conivente [com as agressões físicas] e não sou novato. Tenho dois anos de Exército", afirmou Moscatelli. "Não é tortura [o que se viu nos vídeos], não há vítima", afirmou o militar. Segundo ele, todos os que aparecem eram voluntários no trote, mesmo os três aspirantes confirmados.



Correa, outro veterano que aparece recebendo trotes, disse que também já participou de sessões contra outros colegas. Na condição de voluntário, exigiu a exclusão da sessão de afogamento e que sua vontade foi respeitada.



Na versão dos oito e de um tenente e um capitão que acompanharam a conversa, o ferro de passar que foi colocado nas orelhas dos "novatos" estava frio. Os choques elétricos aplicados seriam de baixa amperagem.



As sessões de afogamento, porém, contêm veracidade. Um dos sargentos diz que o grupo queria testar "o quanto agüenta uma pessoa que está se afogando".



O grupo se exalta quando a pergunta é sobre se a inspiração vinha das prisões de Abu Ghraib (Iraque), em que soldados do Exército norte-americano torturavam prisioneiros iraquianos e as sessões eram filmadas. "Aqui ninguém sai ferido nem está preso", reagiu o militar mais falante. Ele não se identificou e seu nome ainda não se tornou público.



As imagens mostradas pela reportagem de TV foram feitas pelo próprio grupo, em câmera digital, no dia 25 de agosto, em que se comemorava o Dia do Soldado. Os sargentos dizem ter feito apenas uma cópia, supostamente roubada e cedida à Rede Globo por alguém do quartel.



"O que apareceu na reportagem é um mal-entendido. As imagens foram forçadas e distorcidas pela edição", declarou o sargento não identificado. Além dos choques elétricos, dos afogamentos e das aplicações de ferro de passar roupa na pele, os sargentos também foram alvos de chineladas.



O 20º Batalhão de Infantaria Blindado tem cerca de 900 soldados. Fica no bairro Bacacheri, norte de Curitiba. A 2ª Companhia, conhecida como Pantera, conta com 15 sargentos. Apenas três não participariam das constantes "brincadeiras". Elas começaram há dois anos, para comemorar o aniversário de um deles. Com participação de antigos sargentos, que já ascenderam na carreira, dizem. O soldo dessa patente é de R$ 1.254 brutos.



O grupo não admite nem que as sessões sejam chamadas de trote, por não acontecerem apenas em finais de cursos de aspirantes a oficiais. "No final, acaba com um churrasco e todo mundo rindo", disse Maurício Schiavon Ramos, tido como um dos responsáveis pelo registro das imagens. Ele nega que as imagens exibidas mostrem cenas violentas: "Não acho. Conheço a história por dentro".



A Central Globo de Comunicação negou que tenha "forçado" a edição. Disse que a prática de tortura foi reconhecida pelo próprio Exército em uma nota no final da reportagem, na qual afirma que as imagens são "verídicas" e anuncia a abertura de sindicância para "apurar os fatos e punir os responsáveis". A Globo afirma ainda que dois especialistas atestaram a veracidade das imagens.



Leia mais



Exército identifica 12 sargentos envolvidos em suposta tortura



Exército afasta comandante de batalhão após denúncia de tortura



Exército apura trote violento em quartel



http://oglobo.globo.com/online/plantao/189161776.asp





14/11/2005 - 13h25m

Exército afasta comandante de batalhão onde havia trote violento



O Globo



BRASÍLIA - O comando do Exército informou nesta segunda-feira o afastamento do comandante Ernani Lunardi Filho, do 20º Batalhão da Infantaria Blindado de Curitiba, depois que imagens de um violento trote aplicado a terceiros-sargentos recém-promovidos foram exibidas na noite deste domingo pelo "Fantástico", da Rede Globo. As vítimas dos maus-tratos foram da 2ª Companhia de Fuzileiros, conhecida como "Pantera". As imagens mostram que os sargentos receberam choques elétricos, chineladas nas plantas dos pés e tiveram a pele queimada com um ferro de passar. Também tiveram as cabeças enfiadas dentro de baldes de água.



Em nota oficial oficial, o Centro de Comunicação Social do Exército (Ccomsex) informa que o comandante foi afastado "em razão da gravidade das denúncias apresentadas". A nota diz ainda que, "diante dos indícios de crime", o Comando da 5ª Divisão de Exército "conduzirá um inquérito policial militar (IPM) para a total apuração dos fatos".



A filmagem divulgada pelo "Fantástico" revelou que o trote começou no banheiro da companhia, após a leitura de um texto anunciando a punição, que dá a entender ser a prática antiga entre os fuzileiros. Em seguida, os novatos (chamados de lobinhos por seus superiores) foram imobilizados pelos veteranos. Alguns chegaram a ser amarrados. Um ferro de passar foi aplicado em suas orelhas, eles receberam choques na barriga e foram submetidos a sessões de afogamento.



Durante o trote, os sargentos eram obrigados a gritar pedindo socorro aos veteranos. Um dos torturados engasgou e começou a passar mal, sendo largado no chuveiro com uma cueca na cabeça. Outro entrou em pânico quando os veteranos ameaçaram encostar nele o ferro de passar. No fim, foi obrigado a dizer "eu amo os antigões" e a recitar o juramento da companhia:



"Respeitar os sargentos mais antigos, receber todas as missões passadas, pagar o churrasco sem ponderação. Não chorar para o subtenente. E se preciso for, derramar o próprio sangue em prol da tradição do pacote da 2 Companhia, Pantera Brasil!"



Pelo menos cinco novatos foram torturados. O vídeo da tortura no trote foi examinado por peritos em tecnologia e imagens e depois levado pelo "Fantástico" ao comando do Exército em Brasília, que, em nota oficial, reconheceu-as como verídicas e afirmou ter aberto sindicância para apurar os fatos e punir os responsáveis.







Obs.: Como Lulla, o comandante Ernani também nada sabia... Ambos merecem ser postos na cadeia: Lulla, por promover a maior corrupção que o Brasil já assistiu; o coronel Ernani, por ser, como comandante, o responsável direto por tudo o que acontece dentro do quartel. Sem essa de dizer que a culpa foi da Eva e da serpente... (F.M.)













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