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Cordel-->Edinamai, o pobre tem suas vantagens (reeditado) -- 08/11/2002 - 16:38 (Airam Ribeiro) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Edinamai, o pobre tem suas vantagens

Caro amigo Edinamai
Eu sei que é brincadeira
Mas vamos comparar
O pobre está na dianteira
Ele é muito mais folgado
Quando está no feriado
Tomando uma saideira.

A saideira em seu gole
Faz ele logo esquecer
Vive muito mais feliz
Mesmo não tendo o que comer
A felicidade sua aumenta
Essa barra ele agüenta
Pois Deus sabe o que fazer.

Ele não tem conta em banco
Não vai dormir preocupado
Com o cheque que soltou
Em qualquer supermercado
Ele é um cara esnobe
E por ele ser um pobre
Ele não é seqüestrado.

Ele está todo dia
Ao lado do filho querido
Seu filho não anda em creche
Seu amor não é fingido
Filho de rico vai amar
Sua mãe que é a babá
E às vezes é esquecido.

Sua casa é de taipa
Mas as portas são abertas
Não tem grades nas janelas
Lá se olha pela fresta
A noite aprecia a lua
E com a bondade sua
A vida é sempre uma festa.

Um preá bem temperado
Com um gole de pinga boa
Deixa o pobre mais contente
Que fica sorrindo atoa
Em não ter muita herança
Vive sempre na confiança
De viver bem com a patroa.

Vê quem já foi seqüestrado?
Nunca foi um pobre não!
Também o rico no cativeiro
Dá a vida por um pão
É melhor comer buchada
Do que a vida seqüestrada
Com manchete na televisão.

Quando vai ao restaurante
Ele já está no rejeito
Quando o ladrão observa
Que pediu um prato feito
Seqüestrar não interessa
Ladrão quer dinheiro a bessa
Então foge do sujeito.

Jesus quando veio ao mundo
Comeu foi peixe com pão
Não comeu arroz a grega
E nem molho rosê não
Seu peixe foi sardinha
Esse molho lá não tinha
E nem filé de salmão.

Tem comida de certos ricos
Que nem todo pobre gosta
E todo alimento em si
É matéria prima de bosta
Estando numa enrascada
Dará a vida por uma buchada
Queres fazer uma aposta?

Foi com godó de banana
Que fui criado no sertão
Com o feijãozinho andú
E o maxixe do chão
Não é tão ruim assim
Hoje eu queria pra mim
De novo essa refeição.

Não existia diabete
Quando comia rapadura
E nem o colesterol
A carne do corpo era dura
Hoje meu corpo é mole
Quando ando tudo bole
Minha vida é uma frescura.

É aí que o coração
Do pobre entra em sena
Bate forte, está perfeito!
Não tem ponte de safena
Nas veias não tem frescuras
Pois estas não têm gorduras
E sua vida é amena.

Aí está a vantagem
Meu querido Edinamai
Do pobre e do rico
Que por essa vida vai
Um sempre é seqüestrado
O outro é rejeitado
E as riquesas?!. Desiguais!

Não me queira mal
Por esta comparação
Rico é o americano
Que tem o dólar na mão
País rico jamais existiu
Um igual ao meu Brasil
Que pobre e rico tem união.


Airam Ribeiro

Me perdoe,


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