Celestino e Agripina caíram de paixão desde o primeiro encontro. E passou a ser hábito deles o encontro em todos os fins de semana. O bancário Celestino tomava o ônibus todas as sextas à tardinha e apeava bem em frente à fazenda onde Agripina vivia, com a casa fincada na pontinha de uma colina cercada de pastagens. E horas felizes o casal passava, planejando o que seria a vida a dois, juntinhos que nem dois pombinhos.
Mas eis que um belo dia Celestino fica preso em meio a um balanço da firma em que trabalhava. Não dava pra viajar e ver a amada. E não havia telefone na fazenda. Celestino entendeu que a amada iria compreender a abstinência forçada. Quando é na terça - em tempos em que os Correios funcionavam, Celestino tem às mãos um telegrama que assim começava: