Era numa lata de querosene que tio Antônio guardava suas ferramentas. A colher de pedreiro, com um lado mais gasto do que o outro sinalizava mal para o restante da tropa. A torquês, já bamba de tanto segurar, já não tinha mais corte quando a boca fechava; o nível é que era bonitinho com aquele vidrinho esverdeado e a gotinha de ar que subia ou descia conforme o revirar; o prumo que a tudo dava rumo; a faca de sapateiro, de uma alça de barrica, aço firme, aço forte, e que corte, com o cabo revestido de couro; o martelo de sapateiro, o compasso arteiro, fazedor de círculo bem certeiro... Se alguma ferramenta aqui faltou, a mão à palmatória, simplória, agora dou... |