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Artigos-->TECNOLOGIA MULTIFACETÁRIA -- 06/12/2005 - 09:33 (Silvio Romero Monteiro Alves) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
TECNOLOGIA MULTIFACETÁRIA

Silvio Romero Monteiro Alves(1)





Ao longo da história da humanidade, cada nova(2) tecnologia surgida, inegavelmente, concorreu para as transformações no dia-a-dia das pessoas, nas organizações e na sociedade.

O mundo contemporâneo, mediante o aparecimento de novas tecnologias, sobremodo a Internet, e face às velozes transformações tecnológicas, impõe ao homem novas exigências, impulsionando-o para novas definições, novas formas de entretenimento para as pessoas, novas formas de se comunicarem e fazer negócios, enfim, para um novo conceito de cidadania.

De modo geral, a Internet tem sido concebida como elemento isolacionista, constituindo-se em óbice à comunicação direta entre as pessoas ou como motivo de entusiasmo, isto é, fascinação diante desta nova tecnologia.

Nesse sentido, concordamos com Filho no fato de que “a discussão em torno das novas tecnologias se divide em duas posições antagônicas, ambas equivocadas: fechamento ou adesão, isolamento ou deslumbramento. Nenhuma delas colabora, de fato, para melhor compreender nossa posição e sobre nossas efetivas possibilidades de interferência nesses processos” (Filho, http: www.eca.usp.pe/nucleos/filocom).

Assim, acreditamos que a Internet não deve ser entendida apenas sob estas duas abordagens, mas também na aceitação da multiplicidade de aspectos nos quais interfere.

Dentre esses aspectos, destacamos a Internet, que, como outro espaço antropológico, é simultaneamente real e virtual, informação e contexto de interação, que altera as próprias coordenadas espaço e tempo a que estamos acostumados. É um novo tipo de organização social que oportuniza a troca de conhecimento, onde o saber é (re)constituído coletivamente.

As pessoas se queixam da falta de comunicação na família, nas empresas e nas comunidades; espaço em que parece se viver em solidão organizada. Não obstante, “temos oportunidade de construir novos tipos de comunidade, comunidades virtuais, nos quais participamos juntamente com pessoas de todos os cantos do mundo, pessoas com quem dialogamos diariamente, com quem podemos estabelecer relações bastante íntimas, mas que talvez nunca venhamos a encontrar fisicamente” (Beloni, 2001: p. 06).

Desse novo contexto social decorre novos mecanismos de participação, de negociação, de decisão, de afetividade e, até mesmo, de novos excluídos.

Outra faceta da Internet pode ser observada quando a relacionamos com a economia.

No que se refere a seu impacto na vida econômica e social do homem contemporâneo, podemos dizer que “as denominadas auto-estradas da informação e seu arquétipo, a Internet, estão possibilitando uma nova economia baseada numa rede de inteligência humana. Nessa economia digital, os indivíduos e as empresas geram riquezas aplicando seu conhecimento, a inteligência interconectada e seu esforço à indústria, à agricultura e aos serviços... e isso se deve ao fato de o mundo estar deixando de ser uma Economia Industrial, baseada no aço, nos automóveis e nas estradas, para converter-se numa Economia Digital, construída à base de silício, computadores e redes” (Cebrian: 1999, v. 9, p. 3).

Assim, entendemos que o comércio mundial está sofrendo uma mudança. As atividades comerciais, que passou pelas moedas de prata e ouro e circulou com o uso do papel (dinheiro e cheque), hoje começa a transitar pela via eletrônica, pelo mundo dos números do dinheiro de plástico (cartões-de-crédito), pela assinatura digital (Internet).

Podemos destacar ainda, outro campo em que a Internet concorre a um outro enfoque: a educação. O mundo virtual exige uma abordagem nova de educação e, em sentido mais amplo, da aprendizagem e de sua relação com o trabalho.

“Com a rápida disseminação de informações através da Internet, a atividade de pesquisa está mudando significativamente em direção a uma biblioteca virtual, através do meio digital/eletrônico, na qual o número de fontes disponíveis para elaboração de monografias e outros trabalhos acadêmicos está sendo ampliado exponencialmente, facilitando a busca bibliográfica a textos e documentos arquivados nas instituições de ensino do país” (Tachizawa, Mendes: 2002, p.101).

A rede é uma recente infra-estrutura de aprendizagem, pois fornece de tudo, desde enciclopédias até informações simples e desnecessárias para aqueles que a acessam.

Entendemos, por fim, que todas as áreas da sociedade podem ser afetadas pelo uso da Internet, abordamos, apenas aquelas que acreditamos, possam por si mesmas, justificar a multiplicidade de atuação dessa tecnologia, mesmo percebendo que o território virtual tem suas ameaças. Podemos citar como exemplo: “a abundância de informação” (Eco: 200, p. 3).

Com efeito, parece existir um limite satisfatório de informações para quem pretende utilizá-las visando a quaisquer estudos, ou até mesmo para fins de lazer. Além daquele quantum, a neutralização causada pela abundância (poluição) exige de seus usuários maior capacidade de rapidez cognitiva para seleção dos seus conteúdos.

Um outro aspecto que podemos citar é a vulnerabilidade da rede, levando-nos, numa análise apressada, a pressupor a falência da Internet.

Precisamos, ainda, como terceiro aspecto a destacar, a necessidade de estarmos atentos à natureza dos conteúdos das informações que recebemos, não somente pelas mensagens diretas, mas também por aquelas que absorvemos entre conteúdos simbólicos, inconscientes e subentendidos, enfim, de forma subliminar.



______________________________

(1) O autor é especialista em Comunicação social.

(2) "Dieuzeide chama a atenção para a ambivalência do qualitativo ´novo` relacionado com as TICs. Embora reconheça a recente aceleração dos avanços destas teconologias que se renovam a partir de novos critérios de uso (...como por exemplo, o telefone que a mais de um século após sua invenção se miniaturiza e invade todos os espaços públicos e privados). Por outro lado, existem muitas tecnologias que se tornam obsoletas antes que seu uso seja generalizado na sociedade" (Beloni, 2001:p.60).

Entenda-se, nesta nota, TICs como tecnologias de informação e comunicação.









REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.



BELONI, Maria Luiza. Educação à Distância. 2ª ed. São Paulo: Autores Associados. 2001



CEBRIÁN, Juan Luis. A rede. São Paulo: Sumus. 1999. Coleção novas buscas de comunicação, V. 9.



ECO, Umberto. Revista Veja. O dilúvio da informação. Ano 33. nº 52, Ed. Abril, p. 11 a 15, dezembro 2000.



FILHO, Ciro Marcondes. Haverá vida após a Internet? Disponível em http:www.eca.usp.br/nucleos/filocom/ciro1.html.



TACHIZANA, Takeshy. MENDES, Gildázio. Como fazer monografia na prática. 6ª ed. Revista e ampliada. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas. 2002.













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