Usina de Letras
Usina de Letras
184 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62214 )

Cartas ( 21334)

Contos (13261)

Cordel (10450)

Cronicas (22535)

Discursos (3238)

Ensaios - (10357)

Erótico (13569)

Frases (50608)

Humor (20029)

Infantil (5429)

Infanto Juvenil (4764)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140799)

Redação (3303)

Roteiro de Filme ou Novela (1063)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1960)

Textos Religiosos/Sermões (6187)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Artigos-->CARTA DE UM PROFANO -- 12/06/2005 - 22:49 (ELMO FABIANO MONTEIRO PEREIRA) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


CARTA DE UM PROFANO

Zé priciso ti contá essa história. Tava eu procurando uma loja de coisas da sua profissão pra compra o seu presente de Natal, quando encontrei um predião que me apontaram, tudo aceso, cheio de gente. Eta turma boa. Perguntei: Aqui é a loja de pedreiros? - EM VEZ DE RESPOSTA SÓ FOI ABRAÇOS. Descobriram logo que sou mecânico, Zé, porque todo mundo me perguntou, onde fica a minha oficina. Lojona bonita aquela, com quadros, tapetes, ventiladores, até livro de visita tinha de assiná. Gozado com aquele calourão doido todo mundo queria saber quantos grau eu tava fazendo e eu não tinha termômetro. Devia tá mais de 30,então carquei lá no livrão: 33. Acho que acertei na mosca, porque todo mundo me abraçava bastante. Depois todo mundo entrou pro um salão onde tavam as mercadorias.

Tinha cuié de Pedreiro, Prumo,Nível, Esquadro, Alavanca, Compasso, Régua e até Pedra. Tinha também mesas e cadeiras que não acabava mais. Acho que algumas dessas mesa estava com o tampo sorto., porque os cara pegavam uns martelinho e começaram a batê. Até a porta devia tá empenada, porque um outro cara começou a bate com o cabo de um espeto. Depois pensei que um individuo lá era cego.

Perguntou onde sentava o fulano, onde sentava o sicrano, queria saber que horas eram. .. Coitado. ! Teve um espírito de porco que falou pra ele que era meio dia em ponto. E não é que ele acreditou! Depois um outro sujeito começou a cochichar aqui e ali. Um deles reclamou de um tal de Arão que fez um estrago com o óleo. Disse que derramou na cabeça, na barba e no vestido de uma tal de dona Orla. Confirmei que o cara era cego porque ele falou que a loja tava aberta e então eu olhei e vi que tava fechada. Nessa hora notei que lá ate você era conhecido. Sentiram a sua falta e começaram a perguntar: O Zé, O Zé e o Zé. Depois aguentei um tempão um sujeito fala umas baboseiras que não entendi nada e, até que enfim mandaram fazer as propostas. Veio um sujeito recolhe com um saquinho e então mandei a minha: Dava 50 mangos naquela corda pindurada lá em cima toda enroscada. Sabe? O cara tava se fazendo mesmo de cego. Ele leu a minha proposta e não disse nada. Acho que fui munheca demais. Aí inventaram que estava chovendo, que tinha goteira na loja e acabaram me botando pra fora. Ta certo , Zé., era justo era perfeito. Mas se acharam pouco o valor que eu escrevi, bem que podiam fazer uma contra proposta . Não acha?



VALENÇA, 8 DE OUTUBRO DE 2001






Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui