Sujeito que fica dengoso
Meloso, coisa e tal...
Dizendo que é menino
Com medo de lobo mal
Implora por teus carinhos
Morreria por teus beijinhos
Esquiva-te, Lílian maial!
Confessa sua carência
Quer colo, tem paciência!
Na Glória, já vistes iguais.
Sai fora que o sujeitinho,
Tem promessa animadora
Mas no fundo, professora
Quer mesmo é ficar sozinho.
E aproveito o ensejo
Pra falar que é previsível
Que não tem futuro não
Esse cabra é tão sensível
Delicado é seu amor
Mais parece um passarinho
Um bailarino, um beija-flor.
Sei que não lhe conheço
Pra lhe aconselhar assim
Mas o cabra é macho amador
Desque nasceu é assim
A mordida, o queixume
Ele chora é do ardume
No buraco, isso sim.
Fala sério, que docinho!
Salta fora da investida
Que a cantada é furada
Me escuta, é recaída
Na hora lhe cai o véu
Aquela história de mel
É coisa de bicha enrrustida.
Lili, é embromação
Você sabe o que ele quer
Seu segredo bem guardado
Que ele diga o que quiser
Com sua lábia, o beija-flor
Creia em mim, seu salvador
O sonho dele é ser mulher.
Não se espante, bela Lili
Com toda essa baboseira
Que encerro nesse instante
Foi só uma brincadeira
Com o cordelista Fiuza
Dessa figura intrusa
Pebinha de Madureira.
|