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Contos-->A Surpresa de Rafael -- 23/03/2002 - 11:19 (Guilherme Laurito Summa) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

RAFAEL estava voltando de seu assalto à geladeira da cozinha com um copo de Coca-Cola na mão quando sentiu algo mole num passo descalço no chão. Ele olhou para o pé e percebeu que havia uma manchinha verde, como um borrão, colado na pele da sola. A mancha não desgrudou nem com uma das mais violentas tentativas de Rafael em remover o fluido estranho que visivelmente começava a deslizar para o chulé de outros horizontes. Ele caiu no chão e bateu a bacia, horrorizado com uma dor estranha que esmagava com a força de uma mão fechando seu pequeno pé esquelético. A dor começava a ficar mais intensa assim que a massinha verde engolia o tornozelo de Rafael com a voracidade de uma chocólatra comendo muito chocolate depois de uma sessão no C.A. Rafael desmaiou quando a dor chegou até batata de perna e lhe pressionou a ponto de lhe passar o mórbido pensamento de que a qualquer segundo-já viraria purê de carne.
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RAFAEL sentiu seu corpo chacoallhar freneticamente rebatendo-se dentro de um casulo escuro e aquático. Um golpe rompeu o tecido do casulo e libertou o corpo molhado de Rafael do interior do Oceano Atlântico levitando-o diretamente para um céu de pintura a óleo que predominava sobre o mundo bizarro em que ele despertava. Sua matéria quase-nula naquele espaço flutuava com a leveza de uma bolha de sabão quando é atacada por uma maré só de marolas. De repente, seu corpo começou a tomar um rumo estranho e velocidade do vôo começou a aumentar no instante em que um bolo queima. Os relevos de que todos os livros de geografia falam dançavam um balé quebrado misturado com rock´n roll e dissolvido em adrenalina na visão do pequeno pó rafaelico que já estava se imaginando ser um enlouquecido microscópico inseto iluminado voando pelo desconhecido mundo que tinha tinta roxa espalhada ao alcance de não dar pra saber dizer nada a respeito do que acontece lá.
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RAFAEL acordou e sentiu-se com a capacidade de mover apenas o pescoço e a cabeça porque o resto do corpo não conseguia presenciar o fato de estava sendo engolido lentamente por uma camada dura de algo verde que até alguns minutos atrás era algo líquido abandonado no chão da casa de Rafael por seres das profundezas do subsolo num plano devastador para escravizar a raça humana tornando todos em estátuas de YP. Mas Rafael não conseguia supor essa história de YP porque ele nem entendia como uma coisas tão bizarra assim estava acontecendo. Aos poucos, Rafael percebeu que seu corpo tomava a demoníaca face de algo que lembrava a palavra Memorial. Rafael estava virando um treco tão duro como estátua. Seu pescoço endureceu, logo depois veio bem debaixo da cabeça, tomando conta de todos os poros finais de Rafael, uma rápida onda de pedras do tamanho de sal enganchando-se com força na pele, sufocando, marchando em direção até finalmente algum fio do cabelo. Rafael sufocou.
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