Nesse sujeito sereno
Que engana o desatento
Não deve se confiar
Mostra-se puro e ameno
Serpente que arma o bote
E sem que você lhe note
Injeta o seu veneno.
Carrega de sua família
O nome que herdou do pai
E que no momento lhe trai
Nasceu lá em riba - nordeste
Parido num cocho de feno
Um cabra chamado Pequeno
Não pode ser nada que preste.
Fiúza chega matreiro
Falando meias verdades
Querendo me injuriar
Peba, tu não disseste
É índio do Amazonas
Não é filho das marafonas
Que existem lá no Nordeste.
De você não tenho medo
Não penso em fazer segredo
Nada pode me acontecer
Do que venha de você
Não ligo e não dou bola
Tu dormes de camisola
E tanguinha de crochê.
Tu ficas de mela-mela
Cantando a Lili Maial
Saiba, vai se dar mal
Morena como aquela
Não cai na tua esparrela
O tipo de homem pra ela
Não faz sexo anal
Ela qué homem valente
Que imprense ela na parede
Sem medo de investir
Você com essa chorumela
Só vai segurar na vela
Morena do tipo dela
Olhando você só faz rir
Pois esse bichinho à-toa
Faz "monte" pra sua pessoa
Chegou pra te incomodar
Já pode se preparar
Sou peba, o carioca
Dotado da mandioca
Que vai lhe arregaçar.