"Manhã de sol num domingão, dia perfeito para um tour pelo centro velho,não pensei duas vezes, peguei as tralhas e fui de busão com a certeza de que estava tão normal quanto um japonês nas Cataratas do Niágara.Ironia do destino ou falta de grudar o traseiro na hora do telejornal - só sentava para assistir novela - começou a garoar, nem liguei e continuei meu passeio disputando lugar com os orientais na hora de tirar as fotos, esses, nem com um pé d´água arredariam dali... "Eu e minha boca...", só falar e o temporal ja começava.Os "japas" correram para um Suzuki e certamente se abrigaram da chuva em algum restaurante com dançarinas à La Miranda, e eu ? Saí correndo o máximo que minha avantajada barriga de cerveja permitia e escondi-me da chuva num toldo cheio de furos (isso descobri mais tarde).Na corrente situação, resolvi atravessar a famosa Ipiranga com a São João para me livrar das inoportunas goteiras indo ao Brahma, preparei meu lado atlético (que não tenho há mais de vinte anos), esperei o sinal de pedestres abrir e nova correria, dessa vez em direção ao bar,mas fico encalhado no meio da avenida esperando o sinal novamente abrir e observando a pororoca paulista formar-se a meus pés, ensopado, mas não menos esperançoso, faço um sinal a um táxi - já que para completar minha sorte o bar ainda não abrira - que após me dar uma duchada pára e peço com firmeza "Leve-me ao Wet n Wild,por favor"".