Tânia,
A honra é minha, amiga, de estar dialogando contigo. Quando o poema me toca, automaticamente, eu entro no ritmo e também respondo com versos. Tenho muitas criações que são correspondências reais com outros poetas. Quanto ao termo "degredo", foi esta a minha intenção: dentro de todo o aparente clima corriqueiro da cena - olhar, confissão, medo, mesa, pano, silêncio, desengano - quis concentrar a força psicológica numa palavra forte para reafirmar o afastamento voluntário ou compulsório de dois seres em conflito e toda a impotência dos dois quanto à opção, senão a de se aquietarem e se envolucrarem mais ainda em segredos e enigmas. Mexe com a cabeça do leitor, não é? O contraste incomoda. Dentro da leveza, o peso da realidade.
Já li o teu Ousadia e já estou viajando em cima. Aguarde.*risos*
Bjs
F.
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