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cronicas-->FERRO VELHO DE VIDA -- 18/04/2000 - 19:37 (Eustáquio Mário Ribeiro Braga) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
No silencio do ferro-velho algo encanta...
alguém encanta e canta... recita...excita...picha...faz rimas de bicha
para o colega ao lado com fone no ouvido, apenas canta que nasceu há mil
anos atras.
Um outro trabalha enquanto conta um causo, fala verso no barulho de lata
amassada...
carro que já rodou estrada
palavras que viram sucata
onde estão as trovas?
na prosa do bom velho homem que amassa a marmita vazia... comi poesia?
e os faróis quebrados,
corações em cacos,
deixou estilhaço
triste anedota de palhaço,
não sei se rima faço.

E o vento forte canta sons diversos
nos muitos versos escritos em martelos e marretas.
Se não há poesia neste ferro-velho,
onde está a vida? do outro lado ou na avenida
pobre coletor
não pode ter amor.

A placa velha na entrada toda enferrujada
revela sua arte esculpida os nomes de tantas amantes
hoje tão distante.
Ergo meu olhar ao fundo
deste outro mundo de sujeira e cor,
homem simples também tem amor.
No fundo, no banheiro entreaberto vejo uma linda foto de uma mulher
esguia. creio ser a única companhia daquele homem que ainda tem amor.
Sempre haverá poesia naquele velho galpão abandonado pelo mundo... pelo
tempo... pela sociedade... pelo governo...nunca pelo bondoso homem que
vende barato sucata e doa experiência, amor, vida e só faz poesia se você
o fizer companhia.

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