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Frases-->Nossos bons selvagens matam crianças deficientes -- 14/08/2007 - 09:28 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Nossos índios matam crianças deficientes

“Entre os índios brasileiros, o infanticídio foi sendo abolido à medida que se aculturavam. Mas ele resiste, principalmente, em tribos remotas – e com o apoio de antropólogos e a tolerância da Funai. É praticado por, no mínimo, treze etnias nacionais. Um dos poucos levantamentos realizados sobre o assunto é da Fundação Nacional da Saúde. Ele contabilizou as crianças mortas entre 2004 e 2006 apenas pelos ianomâmis: foram 201. Mesmo índios mais próximos dos brancos ainda praticam o infanticídio. Os camaiurás, que vivem em Mato Grosso, adoram exibir o lado mais vistoso de sua cultura. Em 2005, a tribo recebeu dinheiro da BBC para permitir que lutadores de judô e jiu-jitsu disputassem com seus jovens guerreiros a luta huka-huka, parte integrante do ritual do Quarup, em frente às câmeras da TV inglesa. Um ano antes, porém, sm alarde, os camaiurás enterraram vivo o menino Amalé, nascido de uma mãe solteira. Ele foi desenterrado às escondidas por outra índia que, depois de muita insistência, teve permissão dos chefes da tribo para adotá-lo.”

COUTINHO, Leonardo. Crimes na floresta. Veja, São Paulo, nº 2021, p. 106, 15-08-2007.


***

Mensagem recebida de Ênio José Toniolo:

Re: Morte às crianças deficientes‎
De: Ênio José Toniolo
Enviados: terça-feira, 14 de agosto de 2007 16:32:24
Para: Félix Maier (ttacitus@hotmail.com); Edmundo Santos

Amigos,

Também tenho antepassados índios.

Mas a lenda do "bom selvagem" é mesmo... uma lenda. Sem querer polêmica, estou colando umas anotações a respeito.

Ênio (Londrina)


Selvagens: No princípio de dezembro de 2003, o “Fantástico” mostrou cenas de velório entre os bororos, quando eles se cortam com cacos de vidro, ensangüentando-se e chorando, para demonstrar a dor da perda do índio morto.


Selvagens: “(...) em várias das novas sociedades conquistadas pelos lusitanos, a homossexualidade e o travestismo eram tão freqüentes — como nos reinos da Guiné, Benin, Congo e Angola, na Índia, entre os aborígenes americanos, sobretudo os tupinambás, sem falar nas terras dos mouros — que, nalgumas destas partes, a solução encontrada pelos conquistadores foi exterminar violentamente os praticantes do ‘mau pecado’.”

MOTT, Luiz. Pagode português: a subcultura gay em Portugal nos tempos inquisitoriais. Ciência e Cultura, São Paulo, nº 40(2), p.124, fev. 1988.


Selvagens: “Sem exceção, entregavam-se todos aos prazeres das danças e do álcool, no que se excediam, embriagando-se com freqüência mediante a aguardente obtida por processos os mais rudimentares da fermentação da mandioca (cauim) e do milho.”

FALCÃO, Edgard de Cerqueira. Os acontecimentos passados na América, narrados por Johann Ludwig Gottfried, em 1631. Revista de História, São Paulo, nº 70, v. 34, p. 361, abril/junho de 1967.


Selvagens: “Os índios já foram donos de todo esse imenso Brasil. Hoje, as 559 áreas indígenas ocupam 9,89% da área total do País. Em breve, 5%, depois 3%, depois nada. Os historiadores estimam que havia cerca de três milhões de índios quando o Brasil foi descoberto. Com os brancos vieram doenças como sarampo, varíola e gripe. De 1562 a 1563, 60 mil índios morreram por causa de duas epidemias de varíola. Hoje há 280 mil índios no Brasil.”

SOUZA, Vanderlei de. Os culpados de sempre. Tribuna do Norte, Apucarana, 25-04-2004. Disponível em

Acesso em 25-04-2004.


Selvagens: O Globo, sábado, 4 de dezembro de 2004

*** Pirâmide no México revela ritual sangrento de um povo desconhecido ***

CIDADE DO MÉXICO — Segredos tenebrosos de uma das mais misteriosas civilizações da América pré-colombiana começam a ser revelados. Uma equipe internacional de pesquisa apresentou um estudo sobre uma tumba recém-descoberta na Pirâmide da Lua, em Teotihuacan, no México. Mês passado, arqueólogos anunciaram que a tumba continha 12 corpos decapitados, de
vítimas de sacrifícios humanos. Mas a análise apresentada agora mostrou que o povo que ergueu a cidade, há dois mil anos, praticava alguns dos mais sangrentos rituais de sacrifícios humanos de que se tem notícia.

Ninguém sabe ao certo quem foram os construtores da cidade de Teotihuacan. O nome foi dado pelos astecas, que já a encontraram em ruínas.
Teotihuacan significa “cidade dos deuses” porque os astecas acreditavam que divindades haviam nascido lá.

As ruínas ficam a cerca de 40 quilômetros da Cidade do México. Teotihuacan começou a ser erguida no início da era cristã e estima-se que por volta do século V era a sexta maior cidade do mundo. Sua civilização desapareceu por volta do século VII. Arqueólogos calculam que nesse período
de apogeu 125 mil pessoas viviam na cidade.

Quem foram essas pessoas e que língua falavam continua a ser um mistério. Mas arqueólogos sabem agora que os habitantes da cidade praticavam matanças rituais em larga escala. Junto com os 12 corpos humanos foram encontrados também restos de pumas, lobos, águias e outros animais. A tumba dos sacrifícios é a quinta já descoberta na pirâmide e outras mais podem existir.

— Temos indícios concretos de banhos de sangue. Acreditamos que tais cerimônias criavam cenas de um horror inacreditável — disse Saburo Sugiyama, da Universidade do Japão, que coordenou as escavações na pirâmide com Ruben Cabrera, do Instituto Nacional de Antropologia e História do México.

— Tudo parece altamente simbólico. Para nós, o governo fez da tumba um monumento à expansão de seu poder político e militar — disse Sugiyama à revista britânica New Scientist.

O estudo em Teotihuacan contribui para enterrar a idéia de que as antigas civilizações do México eram essencialmente pacíficas. Os arqueólogos também descobriram esculturas misteriosas e outros corpos, possivelmente de estrangeiros.

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Selvagens: “¿Por qué y cómo fueron sacrificados los niños?

"...decía la muchacha acaben ya conmigo que para fiiestas (sic) bastan las que en el Cuzco me hicieron; lleváronla a un alto cerro, remate de las tierras del Inga, y hecho el depósito la bajaron a él y emparedaron viva". (Hernández Príncipe, 1601).


La precedente cita de Hernández Príncipe, un sacerdote extirpador de idolatrías de la época de la colonia, es bastante ilustrativa y está referida a la historia de Tanta Carhua, una joven aclla (elegida, virgen del Sol, mujeres especialmente preparadas para casarse con el Inca o cumplir otros roles sociales jerárquicos del sistema político imperial, incluido el de ser ofrendadas en honor al Sol-Inca) que fue sacrificada (enterrada viva) en lo alto de una montaña con motivo de la fiesta de la Capacoha o fiesta de los sacrificados, la cual se celebraba en el Cuzco durante la conmemoración estatal incaica en honor al sol, o sea el Inti Raymi.

No sabemos si los niños del Llullaillaco fueron sacrificados en este contexto, pero los relatos nos acercan bastante a una posible analogía o interpretación. Se sabe a través de la Historia Comparada de las Religiones, que las personas sacrificadas eran seres "elegidos" como ofrendas para el mundo de los dioses, o bien como mensajeros para el "Más Allá", de allí que estén munidos de alimentos calzados y prendas para el "viaje celestial" (Schobinger, 1998).

Veamos entonces cómo era la ceremonia de la capacocha o capac-hucha. Las acclla-capacochas viajaban centenares de kilómetros con destino al Cuzco y representaban a cada una de los cuatro suyus o "provincias" que conformaban el Tahuantinsuyu. Transitaban por los sólidos caminos construidos por el vasto imperio, acompañadas de las huacas (ídolos o dioses adorados) más importantes de su tierra natal, integraban además la cohorte los curacas y representantes más notables (políticos y religiosos) de las provincias conquistadas. Una vez en el Cuzco, las acllas adoraban al Sol, al Rayo y las momias de la dinastía real que eran los principales dioses. Algunas acllas eran sacrificadas allí en honor al Sol, el resto, una vez concluidos los rituales políticos-religiosos, emprendían la retirada rumbo a su lugar de origen, donde finalmente, y en el marco de una gran celebración regional, sus vidas eran cedidas al astro rey.

Tanta Carhua, vestida como una reina ascendió junto a su séquito hasta lo alto de la montaña, allí la esperaba su última morada. Fue adormecida con una bebida especial para la ocasión - tal vez con alcohol de chicha con otra sustancia - y depositada en su gélido mausoleo de roca junto a un suntuoso ajuar. Una vez sellado el sepulcro y realizados todos los rituales a la usanza cuzqueña, los participantes de esta trascendental ceremonia descendían hasta sus respectivos lugares de origen. Caque Poma, el padre de Tanta Carhua, por haber concedido su única y pequeña hija al Sol fue agraciado por el Inga, y por ello ascendido a una mayor jerarquía, papel que era extensivo para su gente y descendientes futuros. Por su parte, Tanta Carhua, en su elevado y gélido santuario se deificó, transformándose en una huaca digna de veneración y sublime respeto, que protegía y custodiaba a toda la provincia y su vulgo.

Desde ese momento la montaña ya no fue la misma de antes, se sacralizó, quedó impregnada de un gran significado religioso, social y político, sus fuerzas se magnificaron y los beneficios redundaron en toda la población que la tenía como huaca.”

VITRY, Christian. Los niños del volcán Llullaillaco. Museo de Antropología de Salta. Disponível em ; acesso em 27-11-2005.


Selvagens: “Ante la muerte de un inka, la nobleza cusqueña organizaba grandes ceremonias tan festivas como dramáticas, en las que muchas personas morían para acompañar al Inka (que gozaba de una jerarquía casi divina) en la nueva vida que iniciaba, que implicaba su transformación en ancestro; las víctimas fueron principalmente las concubinas predilectas del difunto.”

VITRY, Christian. Los niños del volcán Llullaillaco. Museo de Antropología de Salta. Disponível em < http://www.antropologico.gov.ar/>; acesso em 27-11-2005.


Selvagens: “”(...) deixam elles as suas cabanas para viajarem durante mezes em caçadas pelas mattas, unico logar que elles amam. Essas viagens são muito penosas para as mulheres que tem de carregar todo o mobiliar, redes, potes etc., acommodando tudo numa cesta sobre as costas e presa por uma facha de panno que passam ao redor da testa, e mais os filhos pequenos e os animaes domesticos.” /243/ “(...) é obrigação das mulheres de conduzir sempre uma brasa.” [para acender o fogo] “Como em todos os povos não civilizados, a mulher tambem aqui é escrava. Nas caçadas é ella carregada em excesso com a caça e as provisões de fructas emquanto homem, mais forte, carrega sòmente o arco e algumas flechas. Em casa tem ella de preparar a comida, ir buscar a agua e a lenha e, muito condescendente é o homem que se occupa em conservar o fogo ao pé da sua rede.” /245/ “Um enterro entre os coroados apresenta certas singularidades. Primeiro quebram todos os ossos do cadaver e depois collocam-no assim nos grandes potes de barro em que preparam a /245/ sua bebida de milho fermentado.” /246/ “Nunca se encontram individuos fracos ou doentios entre os indios, o que se tentou explicar pela simplicidade no seu modo de viver. Pode isso muito bem ser mas, fortemente contribue o costume que elles tem de matar toda a creança recemnascida com signaes de doentio ou que tiver qualquer defeito physico. Assim, há pouco, o sr. Marière impediu que um indio matasse o seu filho que nascera com dois dedos tortos porque, dizia o pae, não prestaria para armar um arco.” /249/ [índios Coroados, 1814-1815]

FREIREYSS, G.G. Viagem a varias tribus de selvagens na capitania de Minas-Geraes; permanencia entre ellas, descripção de seus usos e costumes. [Tradução de Alberto Löfgren]. Revista do Instituto Historico e Geographico de São Paulo. v. 6, p. 236-252, 1902.


Selvagens: “(...) & assy como saõ muitos permittio deos q’ fossem contrarios hũs dos outros, e que ouuesse antrelles grandes ôdios e discordias porq’ se assy não fosse os portugeses naõ poderião viuer na terra nẽ seria possivel conquistar tamanho poder de gente.” /179/

“Estes indios saõ mui bellicosos e tem sempre grandes gerras hũs contra os outros nũca se acha nelles paz nem he possiuel auer antrelles amizade pr que hũas nações pelleião contra /187/ outras e matão se muitos delles, e assy vai cresçendo o ôdio cada vez mais, & ficaõ imigos verdadeiros perpetuamente.” /189/

“Depois q’ comẽ a carne destes contrarios /201/ ficão nos ôdios confirmados e semtem muito esta iniuria & por isso andaõ sempre a vingar se hũs contra os outros. E se a moça q’ dormia com o captiuo fica prenhe, aquella criança q’ pare de pois de criada matão na e comẽ na e dizem que aquella menina ou menino era seu contrario verdadeiro e por isso estimão muito comer lhe a carne e vingar se delle.” /203/

GÂNDAVO, Pêro de Magalhães de. Tratado da província do Brasil. Rio de Janeiro: Instituto Nacional do Livro, 1965. p. 179, 187, 189, 201 e 203.


Selvagens: “Cada núcleo tupi vivia em guerra permanente contra as demais tribos alojadas em sua área de expansão e, até mesmo, contra seus vizinhos da mesma matriz cultural (Fernandes 1952).” /34/ “A antropofagia era também uma expressão do atraso relativo dos povos Tupi. Comiam seus prisioneiros de guerra porque, com a rudimentaridade de seu sistema produtivo, um cativo rendia pouco mais do que consumia, não existindo, portanto, incentivos para integrá-lo à comunidade como escravo.” /35/

RIBEIRO, Darcy. O povo brasileiro: a formação e o sentido do Brasil. 2. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. p. 34 e 35.


Selvagens: “Estando o carijó doente, já havia nove ou dez dias, tomei um dente de paca e quis sangrar-lhe a veia mediana. Não pude abri-la porém, pois o dente estava muito rombudo. Os demais nos rodeavam. Vi que era inútil e retirei-me. Então me perguntaram se ele ficaria são de novo. Respondi que nada tinha conseguido, como bem haviam visto, e disseram: ‘Vai morrer. Queremos matá-lo, antes que morra’. Ao que retruquei: ‘Não, não façais isto, talvez venha a sarar’.

De nada valeu porém. Arrastaram-no diante da choça do chefe Guaratinga, e dois o mantiveram, pois estava tão doente /120/ que não percebeu o que queriam fazer dele. O homem, a quem haviam incumbido da matança, veio e deu-lhe uma pancada na cabeça, que fez saltar os miolos. Depois o largaram em frente da choça e queriam comê-lo. Adverti que não deviam fazê-lo; tratava-se de um homem que ficara doente, e eles podiam igualmente adquirir a doença. Não sabiam então que fazer, até que chegou um homem da minha cabana e gritou, às mulheres, que deviam acender o fogo perto do morto. Decepou-lhe a cabeça, pois o carijó tinha só um olho e tinha má aparência, por causa da moléstia que tinha tido. Atirou fora a cabeça, chamuscando a pele do corpo sobre o fogo. Picou-o depois, repartindo-o com os outros, em partes iguais, como é usado entre eles. Consumiram-no todo, menos a cabeça e tripas, das quais tiveram nojo, porque estava doente.

Andei por todas as choças. Numa assavam os pés, noutra as mãos, na terceira pedaços do corpo.”

STADEN, Hans. Duas viagens ao Brasil. Belo Horizonte/São Paulo: Editora Itatiaia; Editora da USP, 1974. p. 120-121.


Selvagens: “Em frente da minha choça ficava a do chefe Tatamiri. Este guardava um dos cristãos assados e, segundo a praxe dos índios, fazia preparar a bebida. Juntava-se muita gente, bebiam, cantavam e aprontavam uma grande festança. No dia seguinte, depois da bebedeira, aqueciam de novo a carne assada e comiam-na. A carne do outro porém, do Jerônimo, foi pendurada na cabana em que eu estava, numa cesta sobre o fumeiro, durante três semanas talvez, até que ficou seca como um pau.”

STADEN, Hans. Duas viagens ao Brasil. Belo Horizonte/São Paulo: Editora Itatiaia: Editora da USP, 1974. p. 134.


Selvagens: “Todas estas tribos se guerreiam entre si, e quando alguém apanha um inimigo, come-o.”

STADEN, Hans. Duas viagens ao Brasil. Belo Horizonte/São Paulo: Editora Itatiaia: Editora da USP, 1974. p.155.


Selvagens: “De noite entretêm permanentemente uma fogueira e também não gsotam de sair fora das cabanas, na escuridão, sem fogo, para as suas necessidades, de tanto medo que têm do diabo, ao qual chamam Anhanga e acreditam muitas vezes ver.”

STADEN, Hans. Duas viagens ao Brasil. Belo Horizonte/São Paulo: Editora Itatiaia: Editora da USP, 1974. p.158.


Selvagens: “Sentam-se à volta das vasilhas de que bebem, alguns sobre achas de lenha, outros ao solo. As mulheres lhes servem a bebida talqual como o seu costume o exige. Alguns se levantam, cantam e dançam em torno das vasilhas. No próprio lugar em que estão bebendo, vertem suas águas.”

STADEN, Hans. Duas viagens ao Brasil. Belo Horizonte/São Paulo: Editora Itatiaia: Editora da USP, 1974. p. 166.


Selvagens: “Quando uma mulher espiolha alguém, come os piolhos.” /170/ “As mulheres vivem em boa harmonia umas com as outras. Entre os selvagens é costume um dar de presente a outro uma mulher, quando dela se enfada. Sucede também que se presenteiam com uma filha ou irmã.” “Prometem suas filhas como noivas, quando estas são ainda crianças.” /171/

STADEN, Hans. Duas viagens ao Brasil. Belo Horizonte/São Paulo: Editora Itatiaia; Editora da USP, 1974. p. 170 e 171.


Selvagens: “E, para se falar imparcialmente sobre os nossos índios, é necessário despojá-los dos supostos sentimentos, que eles, então, nunca possuíram e com que foram adornados pelos nossos poetas e romancistas, numa época muito posterior à do descobrimento, em que floresceu uma literatura chamada indianismo, brilhante e enternecedora, porém, não verdadeira.”

SOUSA, Washington Luís Pereira de. Na Capitania de São Vicente. São Paulo: Martins Editora, 1956. p. 94.


Selvagens: “Combatiam e se perseguiam uns aos outros com pertinácia, com ferocidade, mas sem fito de defender a sua casa, a sua propriedade, os seus direitos, a sua honra, coisas que desconheciam completamente.” /98/ “Os principais das choças davam suas filhas e as mulheres da tribo para gozo do hóspede, espantando-se quando eram recusadas.” /99/

SOUSA, Washington Luís Pereira de. Na Capitania de São Vicente. São Paulo: Martins Editora, 1956. p. 98 e 99.


Selvagens: “Qdo hũ esta doente ou frechado o q’ o doẽte come comẽ os parẽtes e se os parẽtes comẽ cousa cõtraira diz o doente q’ lhe faz mal.

Tomaõ hus cagdos poẽnos debaixo da Rede pa sararẽ Tomaõ outros como furoẽs e poẽ nos de baixo de hũ alguidar. defumaõ se cõ eruas qdo pare huã molher poẽ lhe o dedo pollegar na boca pa os fos serẽ bons frecheiros qdo vaõ a caça metẽ hũs paçarinhos debaixo do esterco pa q’ a caça naõ fuja e assi a matẽ (...) Qdo a Lua he noua tomaõ hũ pao e daõ na terra pa naõ terẽ dores qdo parirẽ e lauasõ se ẽ huã joeira. /99/

Jejuaõ o pay e a mãj qdo lhe naçẽ os fos e qdo lhe cortaõ e embigo sesaõ.” /101/

Coisas notáveis do Brasil. Rio de Janeiro: Instituto Nacional do Livro (MEC), 1966. p. 99 e 101. [redigido por volta de 1590]


Selvagens: Tupis, tapuias e historiadores. Tese de livre docência. Unicamp. Disponível em




Selvagens: “(...) tal como a eloqüência, a poligamia era símbolo de destaque na aldeia. Quanto maior o número de mulheres que possuísse o indígena, maior era a sua importância perante os demais.”

OLIVEIRA, Oséias de. Índios e jesuítas no Guairá: A redução como espaço de reinterpretação cultural (século XVII). (Tese de Doutorado). Assis: UNESP, 2003, p. 153.


Selvagens: “La civilisation des Mayas s’est développée sur une large partie de l’Amérique centrale.” (...) “Les Mayas ne creusèrent jamais ni puits ni systèmes d’irrigation; ils s’en remettaient à des sacrifices à Chac, le dieu de l’eau et de la pluie, pour pourvoir à leurs besoins. Plus grande était la sécheresse, plus nombreux étaient les sacrifices.

D’abord, les Mayas jetaient dans l’eau des cénotes* de l’encens et de copal**, des grains de pierre et des coquillages***, puis des objets de cuivre et d’or et ce qu’ils appréciaient le plus em fait de joyaux: des jades.

Si le dieu Chac ne répondaient pas à leurs prières, alors les prêtres ordonnaient les sacrifices humains.

Jusq’au début du XXe siècle, on’avait pas accordé grande importance à un ouvrage de l’évêque franciscain Diego de Landa (1524-1579), Récit sur le Yucatan, dans lequel l’auteur assurait:

Chaque année, en période de sécheresse, on jetait des jeunes filles, des prisonniers, des objets précieux dans l’eau du puits sacré de Chichen-Itza comme offrandes propitiatoires à Chac, dieu de la pluie.” /34/

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“De 1904 à 1907, Edward H. Thomson dragua le cénote de Chichen-Itza et n’hésita pas à faire véhiculer à travers la forêt tropicale de lourds équipements de scaphandrier ‘pied lourd’ (à casque de cuivre et semelles de plomb) pour plonger lui-même dans l’eau bourbeuse que les descendants des Mayas prétendaient hantée par des monstres et des serpents aquatiques.

Ce qu’il ramena à la surface honorait sa perspicacité et la science de Diego de Landa: il avait trouvé des squelettes féminins à côté de merveilleux objets en or.”

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“Le butin de Thomson, d’une valeur vénale de deux millions de dollars, fut rassemblé – et se trouve toujours conservé – au musée Peabody de l’Université de Harvard.”

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“Le Puits Sacré se présente un peu comme une carrière inondée, de forme ovale, dans laquelle le plus grand diamètre atteint 50 mètres. La surface d l’eau se trouve à environ 25 mètres au-dessous du niveau du plateau calcaire. Il faut plonger jusqu’à 12 à 18 mètres pour atteindre le fond.” /35/

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“Em 1954, une nouvelle expédition atteignit le cénote du Chichen-Itza. Elle était placée sous le patronage de l’ex-président du Méxique Emilio Portes Gil, (...).

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“Une deuxième expédition, mieux outillée, égalemente contrôlée par l’Inah (Institut méxicain d’Anthropologie et d’Histoire) employa en 1960-61 l’airlift perfectionné para le célèbre inventeur américain Ed Link.” /37/

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“Grâce à cet appareil, furent récupéreés plus de 4 000 objets différents, bijoux d’or, plaques pectorales, poteries peintes et sculptées, bagues et bracelets d’or et de cuivre, petits grelots de mêmes métaux e deux poupées de caoutchouc, sans doutes les objets de caoutchouc le plus anciens qui aient jamais éte découverts.”

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“Il fallut six ans pour réunir les moyens financiers et techniques nécessaires à la troisième expédition. C’est le 17 septembre 1967 qu’était lancée la nouvelle offensive contre le repaire du dieu Chac, avec un engineering extraordinaire.” /38/

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“Plongeurs et airlifts livrèrent aussi d’impressionantes quantités d’ossements humains /39/ M. Pablo Busch Romero, directeur des expéditions, estime à 250 les vitimes sacrifiées au dieu Chac dont les ossements furent retirés de l’eau. L’examen de ces ossements a permis d’établir que la plupart des victimes étaient des enfants, (...). Cette précision est corroborée para la découverte, pendant des travaux terrestres de terrassement, d’une fosse contenant cinquante crânes d’enfants.” /40/


* Os cenotes são lugares sagrados para os maias contemporâneos, como foram para seus ancestrais. Segundo a tradição, a água que guardam esses poços é considerada “virgem ou pura” já que não foi tocada pela luz. Os maias davam grande importância ao cenote (ou Dzonot, na língua maia, que significa buraco no solo, ou poço), por constituir uma fonte de água. Porém, a religião é um aspecto primordial para compreender o sentido dos cenotes para essa cultura milenar. Majestosas cerimônias tinham como cenário os cenotes. E aqueles que eram utilizados na prática de rituais não podiam ser utilizados para o abastecimento de água.

(Tierramerica. Disponivel em ; acesso em 23-11-2006)


** Copal: Resina obtida de diversos tipos de pinheiros, é considerada o "alimento dos deuses" e "alimento da alma" pelos astecas e maias e, entre seus vários usos, sua fumaça também era utilizada para entrar em transe ou estados alterados de consciência.


*** Coquillage: carapace d’un mollusque


FOEX, Jean-Albert. Le trésor des Mayas. Science et Vie, Paris, nº 616, p. 33-40, jan. 1969.


Resumo: A civilização maia desenvolveu-se numa grande área da América Central. Os maias jamais cavaram poços ou sistemas de irrigação; confiavam nos sacrifícios a Chac, deus da água e da chuva, para prover a suas necessidades. Quanto maior era a seca, mais numerosos eram os sacrifícios. Inicialmente, os maias atiravam, na água dos poços sagrados, incenso e contas de pedra; depois, objetos de cobre e ouro e as apreciadas jóias de jade. Se o deus Chac não respondia às preces, os sacerdotes ordenavam sacrifícios humanos.

Até o começo do século 20, não se havia dado grande importância a uma obra do bispo franciscano Diego de Landa (1524-1579), Relação sobre o Yucatan, na qual o autor assegurava: “Anualmente, nos períodos de seca, atiravam-se moças, prisioneiros, obetos preciosos na água do poço sagrado de Chichen-Itza, como oferendas propiciatórias a Chac, deus da chuva.”


O “Poço Sagrado” foi submetido a dragagem, de 1904 a 1907, por Edward H. Thomson. O que veio à superfície honrava a perspicácia e a ciência de Diego de Landa: foram encontrados esqueletos femininos, ao lado de maravilhosos objetos de ouro [no valor venal de dois milhões de dólares], reunidos e conservados até hoje no museu Peabody da Universidade de Harvard.


O “Poço Sagrado” parece uma pedreira inundada, de forma oval, cujo maior diâmetro chega a 50 metros. A superfície da água se encontra a uns 25 metros abaixo do nível do planalto calcáreo. É preciso mergulhar de 12 a 18 metros para atingir o fundo.


Novas expedições foram realizadas em 1954, 1960-1961 e 1967. Foram recuperados mais de 4.000 objetos diferentes, jóias de ouro, placas peitorais, vasos pintados e esculpidos, anéis e braceletes de ouro e cobre, pequenos guizos dos mesmos metais e duas bonecas de borracha – as mais antigas, já descobertas, feitas com este material.

Os mergulhadores retiraram impressionantes quantidades de ossos humanos. Estimaram-se em 250 as vítimas sacrificadas ao deus Chac, cujos ososs foram retirados da água. O exame deles permitiu estabelecer que a maior parte das vítimas eram ciranças, o que foi confirmado pela descoberta, durante os trabalhos terrestres de aterro, de uma fossa contendo cinqüenta crânios infantis.


Selvagens:

Estados Unidos: la ferocidad del “buen salvaje "
(Correspondencia europea) Un libro de Nicholas Wade, periodista científico del diario “Nueva York Times”, titulado “Antes del atardecer – Recobrando la historia perdida de nuestros antepasados” (Before the dawn. Recovering the lost history of our ancestors), suscita actualmente en los Estados Unidos numerosos debates. Resumiendo y divulgando las investigaciones históricas y antropológicas más recientes sobre las sociedades americanas precolombinas, investigaciones conducidas por estudiosos como Lawrence Keeley, de la Universidad de Illinois, y Esteven Le Blanc, de la Universidad de Harvard, Wade afirma que el famoso “buen salvaje” nunca ha existido.

El autor demuele la teoría “políticamente correcta " según la cual el indígena precolombino era naturalmente pacífico, tolerante, leal y generoso, Wade demuestra que la vida de las sociedades americanas primitivas se basaba en la violencia, la intolerancia, la perversión y la perfidia. A menudo, una comunidad precolombina se calificaba como “los hombres”, ya que no reconocía en los otros la naturaleza humana y aún menos los derechos que se derivan de ella. Al interior de cada comunidad, se practicaba casi siempre la tortura, la venganza, la violencia sexual y el infanticidio.

Por otra parte y sobre todo, entre las comunidades y dentro de ellas, entre las tribus y los clanes, existía un estado de guerra casi continuo, feroz y desleal, siendo la guerra habitualmente conducida con el objetivo no de someter al adversario sino de exterminarlo. En este marco, no se hacían prisioneros si no era para sacrificarlos a los dioses de la guerra o para cebarlos con el fin de comérselos. Incluso en las muy difíciles condiciones medioambientales de Alaska y Groenlandia, donde la lucha por la supervivencia habría debido prevalecer sobre el deseo de dominio, la guerra era continua y sin piedad.

Se ha calculado que un 87% de las sociedades primitivas hacían más de una guerra al año y que un 65% de ellas estaban continuamente en guerra, llegando a perder por término medio un 50% de la población entre ataques, defensa y represalias. Eso explica la escasa población encontrada por los exploradores cuando descubrieron el Nuevo Mundo. Para hacer una comparación estadística, si guerras de este tipo hubieran tenido lugar en Occidente en el siglo XX, habrían conducido a la desaparición de dos mil millones de personas.

Wade saca una conclusión precisa, a saber, que “los antropólogos y los arqueólogos subestimaron completamente el estado de guerra permanente, típico de las sociedades primitivas, favoreciendo el prejuicio contrario a la existencia de guerras prehistóricas”. Por ejemplo, los especialistas de la cultura y de la lengua primitivas ocultaron el hecho de que la variedad extraordinaria de “dialectos” que subsisten aún actualmente entre el pueblo amerindio –se sabe que, en uno sola nación, pueden existir millares– se debe principalmente a las continuas divisiones internas producida por el odio y por las guerras que éste ha causado. Los investigadores y los expertos disimularon el descubrimiento de grandes cantidades de armas y rastros de enormes masacres a la opinión pública, con el fin de favorecer la difusión de la teoría del “buen salvaje”.

Por lo tanto, en adelante, cuando leamos o veamos en numerosas novelas, películas o dibujos animados, y también en algunos estudios históricos, de etnología o antropología, la habitual descripción del encuentro entre el civilizado violento, codicioso y fanático y el indio pacífico, generoso y tolerante, sabremos qué pensar de esta falsificación propagandística con tonos maniqueos. (CE 156/08 del 10/11/06)

Acción Familia. Por un Chile auténtico, cristinao y fuerte. Disponivel em ; acesso em 27-12-2006.


Selvagens: “A história oficial nos fez acreditar que os portugueses, ao desembarcar no Brasil, encontraram um Éden terrestre, pleno de florestas intocadas, fauna abundante, praias paradisíacas. Um lugar onde bons selvagens reinariam em plena sintonia com a natureza. Será mesmo? Hoje, mais de 500 anos depois, a releitura científica das paisagens brasileiras derruba essa visão mítica. A exuberância da mata Atlântica certamente deslumbrou os portugueses e, depois deles, muitos outros europeus, viajantes acostumados às florestas temperadas abertas e à vegetação de baixo porte do Mediterrâneo. Porém existem indícios de que os ecossistemas já se encontravam muito alterados em 1500. A fauna buscava um novo equilíbrio depois de uma extinção maciça e sofria os impactos da caça, de queimadas e das alterações recentes em seu hábitat. E os primitivos povoadores de bons selvagens talvez tivessem só o aspecto, se tanto, pois há mais de 10 mil anos exerciam pressões sobre a natureza e disputavam entre si seus recursos, em guerras tão sangrentas quanto as do Velho Mundo, com vencedores e subjugados, domínios e dominados.” /p. 60/

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“Um pequeno grupo humano, graças ao fogo, é capaz de influenciar uma área enorme. O nomadismo dos caçadores-coletores espalhou esse fenômeno pelo Brasil. A ampliação dos cerrados em detrimento das florestas ainda segue seu curso em vários locais da Amazônia, promovido por culturas ameríndias bem posteriores, como os índios tiryiós ou parecis - a palavra caiapó, por exemplo, significa "que traz o fogo na mão" e designa uma tribo de índios incendiários.” /p. 63/

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“O fogo foi levado ao coração das florestas amazônica e atlântica pelos índios e se tornou um eficiente instrumento da agricultura. No fim da estação seca, eles derrubam a vegetação de uma faixa de floresta. Após a secagem natural, ateiam fogo. As cinzas fertilizam os solos. A técnica tupi da coivara permitia ciclos de culturas anuais, que se diversificaram ao longo dos séculos: milho, amendoim, abóboras, carás, cabaças, mandioca, batata-doce. Nenhum instrumento agrícola era requerido. O trabalho era totalmente manual.

Em áreas abandonadas, a regeneração seguia o curso natural: de cultura abandonada para capoeira para floresta secundária para mata. É assim até hoje. Mas o processo final de regeneração florestal é muito lento. Com o aumento das populações indígenas e a evolução das técnicas agrícolas, as áreas cultivadas se tornaram menos errantes. Na toponímia tupi, retomada de relatos do século 16, principalmente dos jesuítas, há raras menções de matas virgens ou primárias em palavras como caaguassu (grandes florestas), caaobi (matos verdadeiros, primitivos) e caxangá (mata extensa). Todavia, há uma enorme diversidade de palavras retratando padrões de vegetação originados pelos desmatamentos, pelo retalhamento das florestas e pelo uso do fogo. Muitos desses termos são nomes de bairros e cidades no Brasil: caapuera ("roça que já foi", como no paradoxal parque do Ibirá-puera), caucaia ("mato queimado" ou "incêndio da mata"), catumbi ("beira da mata"), caatanduva ("mato ralo e áspero"), capitiba ("capinzal"), capixaba ("roçado preparado para plantio"), cairussu ("queimada", incêndio), caité ("mato não crescido", em formação), cajuru ("entrada da mata").” /p. 64/

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“No litoral, a densidade das populações indígenas era elevada. É estimada entre 4 e 5 habitantes por quilômetro quadrado e até de 9 por quilômetro quadrado. Cada aldeia tupi continha de 400 a 600 habitantes e controlava áreas de 50 a 100 quilômetros quadrados. Considerando a produtividade natural das terras, a simplicidade dos sistemas de cultivo, as perdas naturais com saúvas e outros predadores, a área cultivada por habitante devia exigir o desmate de 0,2 hectare de floresta primária por pessoa por ano. Nessa hipótese, todo o domínio tupi estaria sujeito à queimada e à técnica da coivara a cada 50 ou 60 anos. Segundo o pesquisador Warren Dean, "no curso de um milênio de ocupação, (os tupis) teriam queimado cada faixa pelo menos 19 vezes.” /p. 64-65/

Miranda, Evaristo Eduardo de. A invenção do Brasil. National Geographic Magazine. São Paulo, nº 86, p. 60, maio de 2007.


Selvagens: “Sin justificar las acciones de los conquistadores, nosotros creemos que las afirmaciones del maestro augustino [Alonso de Veracruz] sobre la legítima propiedad de los pueblos indios, era una idea que para esse entonces no estaba al alcance de todos los que llegaban a las Indias, sino de un sector de intelectuales y políticos muy reducido, que intentaban defender los derechos de los naturales.”

LOMELÍ, Claudia López. El derecho de propiedad en Alonso de Veracruz. Ideas y Valores, Bogotá, Universidad Nacional. nº 119, p. 100, agosto de 2002.


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A mensagem recebida de Toniolo foi oriunda da resposta que dei ao texto enviado por ele (veja no início da página) sobre a morte de crianças deficientes. Enviei uma cópia para ele e a mensagem propriamente dita ao Edmundo Santos, o qual, se apresentando como índio pataxó, me questionou tempos atrás quando escrevi ligeiramente sobre o "Brasilistão" dos quilombolas e "brancololas" de nosso querido e maltratado Brasil.


Morte às crianças deficientes

Caro Edmundo Santos,

E o que você tem a dizer, como descendente de pataxó, sobre o assassinato de crianças índias deficientes? É isso o que se pode esperar dos "bons selvagens" a que se referia Rousseau? Não seria um típico caso de eugenia, um método para a "melhoria" da raça?

Att,

Félix Maier
Autor de "Brasilistão", um artigo que está sendo elaborado e que irá ao "ar" em breve.


Obrigado, Toniolo, pelas frases enviadas, discorrendo sobre os "Selvagens".

Em tempo: Vanderlei de Souza está errado quando afirma que há somente 280 mil índios no Brasil. Só no mato existem pelo menos uns 500 mil, sem contar aqueles que vivem nas cidades. Vanderlei também está equivocado quando diz que "apenas" 9% do território nacional pertencem aos índios. Eles já ocupam mais de 11%. O que é muito, pois se transformaram nos maiores latifundiários do País. É só os índios aprenderem a plantar mandioca e milho, e criar umas galinhas, que o território a eles destinado pode diminuir, para que outros brasileiros possam habitar essas terras e promover o desenvolvimento (F. Maier).


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Mensagem recebida de Edmundo Santos:

De: Edmundo Santos
Enviados: terça-feira, 14 de agosto de 2007 18:29:38
Para: ttacitus@hotmail.com

Caro Félix Maier,

A minha luta é em favor da plenitude de vida, qualquer ação que tente contra a mesma posicionar-me-ei contra. Lamento profundamente o que vem ocorrendo em determinadas comunidades indígenas, sei que esta matéria publicada não é um caso isolado. Não quero em hipótese alguma fazer juízo de valor, pois não tenho essa condição moral. Sem o quanto dói o peso de um assassinato. Sei o que é perder um Amigo ou Parente pela truculência e arrogância de quem se acha superior em estagio avançando de intelectualidade. Eu não sou diferente de uma pessoal especial, mais isso não é o que pensam a maioria absoluta dos brasileiros, incluindo também estão algumas comunidades indígenas. O povo da comunhão Nacional se tivesse autonomia como tem os Índios, faria pior. Talvez a dor da discriminação seja tão inumana quanto à dor da morte. Informo que a Eugenia já é praticada pelo povo “civilizado” há muitos anos. Hoje nós já temos condições de descobri e corrigir uma futura deficiência em nossos Embriões, mesmo estando no útero da Mãe. E isso é um esforço para que em um futuro não muito distante, não tenhamos que ler mátria como essa que esta sendo divulgada pela Imprensa. O meu Amor é imensurável pelas Crianças: Sejam elas Especiais, de Rua, da favela, Negra, Branca, Índia, Rica ou Pobre. Todos têm o direito supremo originário de viver. Esse é um tabu em atrocidar criança deficientes e tem que ser quebrado. Diante disso, lembro-me da inquisição da Igreja que achava legal assassinar quem não professava a sua fé. “Tolerância é o que falta”. E as nossas crianças que estão amontoadas nas Ruas das grandes cidades e metrópoles, sendo assassinadas por Policiais e Saudados do trafico? Passando frio, fome, não tem o que solver! Parece que elas são invisíveis, pois ninguém ver essa atrocidade contra os pequeninos. Isso também não é uma forma letal de assassinato? “Devemos rever os nossos conceitos”.


Obs.: Gozado, eu recebi o e-mail do Edmundo antes do meio-dia, do dia 14/8. Por que na Bahia, na Terra de Nosso Senhor do Bonfim, na Terra da "Félicidade", já passavam das 18 horas? Será que os baianos adiantaram o relógio, para sair do trabalho mais cedo? (F.Maier)



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