Viajo o mundo em cada sonho noturno.
Não sei se retornarei,
Mas sei que não vou parar de sonhar.
Vejo terras distantes e belas,
Às quais nunca poderei visitar
Pois, minha passagem na Terra será breve
Falo línguas universais
Que o mundo inteiro entende.
Faço gestos, corro, canto grito, choro,
Sinto dores nunca imaginadas,
Piores que a do parto.
Vejo pessoas correndo,
Preocupadas com o dia-a-dia
Pensando no amanhã
Procurando uma forma de alimentar crianças
Que serão o futuro do País
E que hoje passam fome, frio
E são um alvo fácil para doenças mortais.
Almejo a elas melhoras num País de retrocesso.
E quando vejo este país na beira do abismo, Paro.
Paro e Penso.
Penso o quanto ele poderia melhorar.
E vendo tudo isso
Sinto-me, de uma forma ou de outra,
Culpado pela vida medíocre e miserável
Que este povo leva.
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