A Câmara de Vereadores de Piracicaba devolverá à prefeitura uma sobra de R$ 3,6 milhões do orçamento de R$ 11,2 milhões para 2005. O anúncio foi feito no dia 2/1/06 pelo presidente Gustavo Herrmann (PPS). Ele disse que a devolução deve ser uma das mais vultuosas da história e representa uma “meta cumprida”, dentro de um compromisso de austeridade assumido com o prefeito Negri (PSDB).A devolução dos recursos tornou-se praxe no legislativo da cidade. No final de 2005, a Câmara devolveu R$ 1,6 milhão ao Executivo. Na época, o orçamento era menor (R$ 9 milhões) e havia cinco vereadores e 15 assessores a mais na instituição. O presidente na ocasião era o vereador J. Manoel dos Santos (PTB).A redução no número de vereadores e assessores, afirmou Gustavo, representa uma economia de R$ 500 mil aos cofres públicos. O presidente disse que houve um diferencial na devolução dos recursos em 2005: Parte dele foi repassado no decorrer do ano.No começo do mandato da atual legislatura, um projeto de lei foi aprovado determinando uma compensação de R$ 200 mil dos R$ 940 mil mensais que seriam repassados pela prefeitura à câmara. Segundo a assessoria de imprensa da prefeitura, R$ 1,4 milhão foi aplicado no pagamento de uma dívida que a administração anterior contraiu com a CPFL (Companhia Paulista de Força e Luz). O órgão informou que a prefeitura pagou R$ 2,8 milhões à CPFL em 2005. “Isso evitou um apagão na cidade”, disse.A administração irá analisar nos próximos dias o que é recurso e o que dotação orçamentária, entre os R$ 2,2 milhões que serão devolvidos pela câmara. Só então definirá onde serão empregados. Negri, por meio da assessoria de imprensa, informou esperar que “a postura de austeridade, adotada no ano passado por Gustavo, seja mantida este ano”, com parte dos recursos previstos no orçamento retornando novamente ao executivo. Gustavo não garante que isso ocorra. Segundo ele, este ano o Legislativo deverá priorizar investimentos, como a construção de um prédio anexo e a reforma administrativa. Apesar de “rezar pela cartilha” de austeridade do Negri, o presidente disse não concordar com a falta de reajuste dos salários dos funcionários públicos, com o argumento de que irá investir em obras.
