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Artigos-->PALESTINOS E JUDEUS, PORQUE BRIGAM TANTO? -- 23/01/2006 - 09:19 (EDVALDO FERNANDES DE ANDRADE) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Depois de Meca e Medina, as duas cidades sagradas do Islã na Arábia Saudita, a Mesquita de Al Aksa e a Cúpula da Rocha, em Jerusalém, é o terceiro local mais sagrado do mundo Islâmico. Estas construções foram feitas na época do Califa Omar, durante o século VI da nossa era, quando os árabes conquistaram Jerusalém. O detalhe é que estes sítios foram construídos no local do que restou do segundo Templo de Jerusalém, que fora destruído pelo exército romano no ano 70 d.C. Restou, apenas, uma parte do alicerce do primeiro templo, o Muro Ocidental, conhecido como o “Muro das Lamentações”; o único vestígio remanescente do Templo Sagrado de Jerusalém, considerado o lugar mais sagrado dos judeus.



Os palestinos, que se tornaram muçulmanos com a chegada dos árabes, querem um território próprio para a formação do seu Estado, com a capital em Jerusalém, a cidade santa dos judeus, que a consideram a sua capital espiritual, reunificada e indivisível. Os palestinos já ocupavam a antiga Canaã antes mesmo da chegada de Abraão; portanto é muito razoável o desejo daquele povo pelo direito a uma pátria, como os judeus, que proclamaram o Estado de Israel em maio de 1948, após 2000 anos de exílio.



O fracasso dos acordos entre israelenses e palestinos, na busca de um caminho para a paz, não passa apenas pela criação do Estado Palestino e do status de Jerusalém. Pôr trás destas duas importantes questões ainda existem dois grandes problemas. O primeiro é o controle das águas da região. Os palestinos querem o fim do controle da jurisdição israelense sobre os seus territórios e, também, a transferência do poder sobre os seus recursos hídricos, sem os quais, alegam, não pode criar um país autônomo. Israel não concorda, pois 13% do lençol freático da Cisjordânia (600 milhões de metros cúbicos) são responsável pelo abastecimento de três milhões de habitantes das cidades de Jerusalém, Beersheva e Tel Aviv. O segundo complicador é a pressão do chamado Mundo Árabe para o retorno à Terra Santa de quatro milhões de palestinos que estão vivendo em vários países do Oriente Médio. Seria um gigantesco desafio e uma tarefa descomunal, pois se trata de uma espécie de “êxodo”; o retorno de um povo à sua terra de origem. Israel é um pequeno país, exatamente do tamanho do Estado de Sergipe, sendo que a metade do seu território é composta de desertos. A sua população, depois da imigração dos judeus russos, é de seis milhões de pessoas. Como, portanto, absorver na Faixa de Gaza e na Cisjordânia quatro milhões de pessoas e, concomitantemente, equacionar problemas de água doce potável, trabalho, alimentação, moradia, educação e transporte para tanta gente?



Os constantes conflitos entre os dois povos parece não ter fim, pois é difícil conciliar interesse tão díspares, cujos problemas jazem em profundas raízes históricas. É, deveras, uma situação muito complicada e de difícil resolução para encontra-se uma saída política que atenda aos interesses de ambas as partes. Com a saída do primeiro ministro Ariel Sharon da mesa de negociação, a situação ficou ainda mais nebulosa. Cedo ou mais tarde eles terminarão por encontrar uma solução para o conflito, pois não podem continuar se matando ad infinitum. Como disse Mahatma Gandhi, o apóstolo da paz, “se prevalecer à tese do olho por olho, acabaremos todos cegos”.





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