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Poesias-->SEM NADA -- 25/05/2002 - 22:17 (NILTON MANOEL) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Praça XV,

movimento central.

bancos marmóreos,

vultos estranhos,

pessoas conhecidas,

rostos naturais,

irônicos,ingênuos,

outros sem tônico...

Mãos agitadas

folheiam jornal

página de anúncios classificados,

do emprego ideal,

(promessas ,promessas)

palavras que agitam

dinheiro que falta.

palavras impressas,

alvorossam a mente:

- Você que é dinâmico,

ambicioso, ganha pouco?

Fale conosco!

venha ganhar mais,

décimo quarto,registro em carteira

clínica médico-dentária

prêmios de incentivo...

Saia da pinda, fale conosco,

Seja relações públicas...etc. e tal!

Pronto, o coitado duro, sem nada,

quase sem futuro,

lê o anúncio vai ao local,

tirando da roupas as formigas

que lhe caíram das árvores da praça XV,

pronunciando palavra por palavra,

o anúncio da salvação..

Entra no prédio, no elevador,

sonhando, assoviando de alegria,

beija o jornal miraculoso,

Chega por fim ao almejado potosi...

Fala para a secretária afobado:

- é o anúncio, o anúncio!

Certo , um minuto.

Anunciado, recebido,

diálogo irritante

ficha corrida antes de saber

do que se trata,

Vê e sente tudo.;

só palavras e exigências incabíveis..

Sái bronqueado com a tal lei

da oferta e procura.

Lembrando que estava a nenhum,

sem cigarro, sem café,

sufocava-lhe na garganta

a sua infeliz maré...

Sentindo-se um ,mendigo

parou para desabafar com um amigo:

diz do que precisa,

das promessas fietas à namorada,

que no sábado tem baile,cinema, aniverário,

tudo, menos dinheiro na mão.

Pega outro jornal come ntando.;

novos contos sem descontos

não há censura

em anúcios classificados,

só fixas promessas sem fim.

Passa o bilheteiro:-Olha a sorte!

Diz não sem rumo ou sorte,

diz que não, sem norte,

desvia os olhos, õ chão

um volante de loteria esportiva...

tem palpite, pensa nos treze...,

faz o jogo por distsação:

sem nada a nenhum joga fora o volante

a cidade toda distante, tudo longe,

só o jornal próximo à mão.

Cativo de tudo

sonha com o que não tem

e com o que não pode.

com o que precisa e o que quer...

Enquanto continua

o movimento central,

sele preso na rua

preso na rua vendo a cidade por fora...

enquanto os outros o criticam

dentro da engrenagem social.
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