Usina de Letras
Usina de Letras
57 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62201 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10449)

Cronicas (22534)

Discursos (3238)

Ensaios - (10353)

Erótico (13567)

Frases (50601)

Humor (20029)

Infantil (5428)

Infanto Juvenil (4762)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140793)

Redação (3302)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1960)

Textos Religiosos/Sermões (6185)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->UM AMOR NAVEGANTE -- 25/05/2002 - 23:29 (Walter da Silva) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
UM AMOR NAVEGANTE





Navegar neste curso.

Escolher uma bússola

e astrolábio assistente

que de modo paciente

possa orientar.



Optar por canoa

de madeiras de lei

aviar uma carta

ilegal ou insuspeita

alfarrábio soturno.



Singrar mares inertes

quase sempre em teu nome

ancorar imersível

minha imensurável

consciência una e vau.



Uma bata, um disfarce

qualquer leito, chão quente

que perdure leniente

um segundo, um sem tempo

sob tua identidade.



Recolher-te nas sobras

do labor concluído

felpa, farpa indolor

carne adentro rompendo

imperfurado amor.





Se de subitamente

ao leme esvai controle

é que inconsciente

esqueci do meu nome

cambiei pelo teu.



Tatuadas trafego

tantas marcas, patentes

no convés impropério

deste vaso sem quilha

sem calado, sem ti.



Nos elísios instantes

vendavais virtuosos

recolhi os teus olhos

sob o olhar de Netuno,

finquei-os no mar.



Sereia persecutória

desde um porto anterior

cujo canto enervante

afogara-me cedo

minha verve, este medo.



São trovões, tempestades

sobre quem erra adiante

em teu nome imolar-me

e este amor viajante

me empurrara pro fundo.



È provável que siga

em qualquer intempérie

calmaria insolúvel

desde que te haja vida

inda que me abrevies.



Barco leve esse corpo

essa alma tão fluida

cujo estaleiro em obras

acolheu permitida

minha vida em teu mar.



Eis porque esse canto

que me sabe a sereia

fere, instala e permeia

meu sóbrio navegar

dês que estejas à tona.



Vem amada salvar-me

neste oceano pacífico

onde ancoraste um tempo

remodelado em nós outros

reconstruindo-o além-mar.



Walter Silva

Salamanca, fev. 2002.







Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui