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Poesias-->A RAINY AFTERNOON -- 26/05/2002 - 15:00 (Alexandre Manhães) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Cena um. O homem acorda.

Olha para um teto que parece meio tonto

( deve ter bebido demais ).

O relógio cospe as horas: 16:07



Ao seu lado, a louca feiticeira ainda dorme,

Está se renovando da noite de luxúria e desejo.

Seu corpo é firme, seus cabelos tem cheiro doce.

Uma fêmea escolhida entre tantas outras perdidas na noite.





Subitamente, rasga-se o silêncio,

A guitarra de Jimy Ponder celebra o tributo a uma rosa.

O gosto acre da bebida adorna o céu da boca.

Garrafas nuas e pela metade ainda ardem no chão,

Ao lado dos cinzeiros cheios de restos de vaidades.

Sex, drugs and jazz. This is the style

For celebration of a rainy afternoon... ( Valeu, Marmota )





Sua cabeça estala quando ele tenta se levantar,

O quarto escuro ainda dorme.

Caminhando até a janela o homem vê

Um filme sem sentido passar em flashs na sua mente.

O quê aconteceu? A memória falha um pouco,

O sono de quem viu o sol nascer não revigora muito...



Cena dois. O homem pensa.

As pessoas lá embaixo continuam em seus rumos desconexos.

Para onde vão? O quê estarão falando?

Rostos sem face,

Que não dizem nada e não vão a lugar algum...



Os acordes continuam a eternizar o momento.

A chuva cai, fazendo um fundo exato para o calor da música.

Os olhos atravessam a penumbra em busca de beleza,

E ela está ainda dormindo no coração do homem...





Ele acende um cigarro, soltando lentamente a fumaça,

Seus últimos sonhos vão se desfazendo junto com a chama

Aprendeu a viver como um animal,

Apenas para satisfazer suas necessidades mais efêmeras.



A mulher se mexe na cama

Vira-se para o lado, a procura de calor.

Ao perceber-se sozinha, desperta.

Solta um sorriso de gata preguiçosa em direção ao seu alvo

Convidando-o com o olhar a juntar-se ao seu cio.





Sem dizer nenhuma palavra, ele percorre o caminho de volta,

Deixando a multidão solitária morrer na sua janela,

Esquecendo todo caos e desordem para trás dos seus ombros ( valeu, Jim... )

Pois a “vida normal” já foi deixada de lado há tempos.



No corpo da mulher são afogados os desejos,

A noite invade o dia com ares de rei,

Assiste, juntamente com o prazer, o toque úmido das almas,

Sedentas por promessas que não duram mais que horas.





Outro cigarro é aceso. Goles de whisky barato,

Engolidos por uma sede imensa.

A realidade nada mais é do que um belo sonho,

Vivido com intensidade pelos amantes satisfeitos.





A mulher vai embora. Já passa das oito.

O homem-mito volta para a janela.

As pessoas já se foram, a rua está deserta.

A lua contempla os olhos úmidos perdidos na noite.

Tudo é apenas um instante. A vida torna-se louca e absurda,

A situação está complicada, não há dinheiro

Para se comprar mais loucuras...



Cabelos negros dançam no asfalto lá embaixo,

A próxima vítima aguarda o ataque voraz do seu algoz...

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