Nos 21 de Janeiro foi comemorado aqui em Salvador o dia Municipal Contra a Intolerância Religiosa. É uma lástima constatar que, em pleno Século XXI, ainda tenhamos que conviver com esta ignorância medieval, a qual, juntamente com o racismo, forma a dupla dos piores males que tanto afligiu a humanidade, e que ainda continua promovendo guerras e conflitos entre os homens. A celebração deveria recordar que a humanidade surgiu de uma mesma origem; que somos uma só raça – a raça humana - e devemos caminhar firmemente para a realização da unidade na diversidade, bem como fomentar o estabelecimento da compreensão e da harmonia inter-religiosa, mediante uma ênfase no denominador comum que existe em todas as religiões: Ela provém do mesmo Deus, revelada aos homens de tempos em tempos, através dos Seus Mensageiros e de acordo com a capacidade evolutiva dos homens. Daí a razão da vinda de tantos Mensageiros, para transmitir ao povo as Leis e ensinamentos espirituais, para que possamos viver em harmonia e paz. E como os Mensageiros Divinos foram instrumentos escolhidos pelo mesmo e único Deus, obviamente que Ele não faria concorrência a Ele mesmo! Portanto, imaginar que uma religião é melhor do que a outra é uma grande tolice. O homem deve amar a luz, não importa donde ela provenha. Apego à lanterna não constitui amor à luz. Quem ainda persevera na intolerância religiosa deveria tirar lições das palavras de Mahatma Ghandi, as quais continuam sendo repositórios de sabedoria e lições de vida para cada um de nós. “Como a abelha que colhe o mel de diversas flores, a pessoa sábia aceita a essência das diversas escrituras e vê somente o bem de todas as religiões”.