A idéia de uma moeda internacional foi concebida em meados do século XIX pelo persa Mirzá Husayn Ali, mais tarde cognominado de Bahá’ú’lláh, mas o reconhecimento do seu postulado só foi aceito pela comunidade acadêmica internacional em 1998, através do Dr. Robert Mundell, renomado economista canadense da Universidade de Colúmbia, prêmio Nobel de economia daquele ano. Ele é o autor da “Teoria da Moeda Única” e considerada o pai do Euro - a nova moeda que circula entre os 304 milhões de europeus - um projeto político-econômico ambicioso que prevê a completa integração econômica daquele continente, o qual vai se tornando realidade através daquela entidade supranacional, o Mercado Comum Europeu. Não somente o Euro, mas outras moedas regionais deverão surgir futuramente entre novos blocos de países, como o Mercosul, que pretende a integração do livre-comércio e a eliminação das tarifas alfandegárias entre os países sul-americanos. Depois que os Estados Unidos acabaram com a conversibilidade do dólar em ouro, em face da desvalorização da sua moeda, decorrente dos gastos astronômicos com a corrida armamentista da guerra fria; do desastre do Vietnã; do custeio de bilhões de dólares em vários outros conflitos mundo afora, e diante do crescente déficit comercial, a moeda americana não terá mais condições de manter por muito tempo a sua hegemonia como moeda internacional. No apogeu do Império Britânico, a libra esterlina reinou durante longos anos e após a segunda guerra mundial, com a Europa em frangalhos, passou o reinado ao dólar. Agora é a vez de o Euro ocupar o seu reinado. Até quando? Diante dos distúrbios econômicos e sociais por que passa a humanidade, pouco a pouco à comunidade financeira mundial começará a perceber que será inevitável a criação de um novo padrão monetário internacional. A criação do Euro, portanto, não deve ser visto como um fato isolado, mas parte de um processo natural, crescente e contínuo, que culminará num futuro mais distante no estabelecimento de uma Moeda Única, forte e estável, para regular as transações internacionais. Esta etapa de moedas regionais, como aconteceu com a União Européia, vai ensejar, num futuro mais distante, no desdobramento do ajuste que a economia mundial deverá realizar, para propiciar a transição do atual sistema econômico falido – do capitalismo selvagem – para uma Nova Ordem Mundial mais justa e duradoura para todos os povos. Há mais de 150 anos, Bahá’ú’lláh não só vaticinou a criação de uma Moeda Única, como, paralelamente, previu um mundo globalizado no seu sentido mais amplo, interdependente, com o estabelecimento de um Governo Mundial; de um Tribunal Internacional de Justiça, do reconhecimento dos direitos iguais entre homens e mulheres, de uma língua internacional auxiliar, etc.etc. Vale a pena investigar os seus aconselhamentos dirigidos aos governantes do mundo; como uma inestimável contribuição para o estabelecimento de uma nova era de prosperidade e de justiça para a humanidade. |