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Poesias-->OLHOS OLHARES -- 28/05/2002 - 17:37 (João Gabriel Vendramini Borghi) |
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Descanso meus olhos na imagem
Na miragem que desce do céu
Dum copo d agua em meio a chuva
De um passáro sózinho, singelo ao léo
Descanso meus olhos e adormeço
Nessa vida, a qual de mim verteu,
Acaba ela toda e pereço, sem sangue
Sem a sorte que nem a mim pertenceu
Descanso meus olhos e não tenho o que mereço
Que esforcei-me tanto e tão pouco me pertenceu
Sumo e desapareço!
Esqueço do pouco amor teu
Descanço meus olhos e enriqueço
No ouro de tolo que serviu-me o destino
Pinceladas vivas que compõem o por do sol
Me vejo no quadro da vida como homem-menino
Desperto meus olhares para tudo que brilha
Como homem-menino faço e desfaço
Dessa pouca veste que um dia me serviu
Mero sorriso, que as paredes dão, desse bagaço
Fazendo com que chore as arvores
sobre sua cabeça vil
Desperto meus olhares para as tais botas
Andei por cima e dentro de ti.. Vi outrora
Num relance, seu sorriso sobre a aurora
Agora sei que um sentimento meu, brotas em ti
Desperto meus olhares para todos que andam
Correr pode ser um precipitado principio
Caio, por no fundo querer-te bem, nesse vício
Por isso ando cauteloso, para que não seja
Tudo em vão.
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