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cronicas-->O tenis de Paulo Cleto -- 15/01/2002 - 18:56 (Ingrid Valiengo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Não foi sempre que gostei de tênis. Mas esse esporte me acompanha por muitos anos. Lembro até que perdi um dia de carnaval para ver a equipe de Copa Davis perder em pleno solo brasileiro. Isso foi antes de Guga chegar, eu sei. Jaime Oncins era quem eu gostava, não tanto por seu jogo, cheio de dupla falta, mas por causa de Paulo Cleto.
Tenho uma grande admiração por esse homem, que fez muito pelo tênis do Brasil e hoje, consegue se expressar em relação ao esporte como poucos.
Paulo foi técnico da Copa Davis por 17 anos, arbitro, professor e hoje comentarista, especialmente , para mim, da ESPN Brasil, onde acompanho suas idéias sobre tênis.
Meu melhor amigo, Flavio, sempre me conta as coisas ditas por Paulo, quando não posso assisti-lo. Morro de rir. Sim, Cleto tem uma forma toda especial de contar historias sobre tênis. Tem um humor irónico, que deixa qualquer um com a maior satisfação em assistir uma partida. Porque um simples joguinho de tênis, pode tirar qualquer um do serio. Um jogo de tênis de Grand Slam, por exemplo, pode durar 2 ou 3 horas, bolinha que vai e bolinha que vem, sem nenhuma piedade com os simples mortais em frente a tv. Mas com Paulo comentando a coisa toma outra proporção. Ele tem um jeito, uma maneira toda brasileira de se comportar diante das cameras, conta casos e sabe tudo sobre os torneios e jogadores, liga para o tênis feminino, o que não acontece muito por aqui, e torna minhas tardes agradáveis ao ver um simples joguinho.
Lembro que assistia a um jogo entre Patrick Rafter e Arrasi, pelo torneio de Lyon, acho que deve ter um ano. Paulo, disse que gostava muito de ver Rafter jogando, que ele era um jogador que não dava sono a ninguém. Só que usou a expressão errada, disse algo como, Rafter sempre foi um bom jogador, não da para dormir com ele. Foi uma gozação do narrador e a confusão se formou. Paulo queria contornar a situação e ficou tudo por isso mesmo. Uma amiga, na hora, disse que discordava de Paulo e que conseguiria dormir com Patrick Rafter. Torneio da Basiléia, o qual nunca tinha ouvido falar, e la estava Paulo, contando da cidade, dos costumes e narrando um pouco da vida de Roger Federer e Leyton Hewit (o qual, na época era apenas um esquentadinho, e não o numero 1do mundo). Não conseguia acreditar como ele sabia tudo isso, como entendia o alemão ou outra língua. Como sabia costumes do torneio de Dubai, no fim do mundo, dizendo dos passeios de barcos luxuosos que os jogadores faziam.
Ainda tenho mil idéias na cabeça sobre esse homem, mas não canso de questiona-lo, as vezes mando e-mails, outras falo com amigos. E gosto cada vez mais de tudo o que ele faz. Por isso, tenho o sonho de vê-lo sendo reconhecido pelo Brasil a fora, sendo homenageado ou agradecido. Porque acho que merece, tem um grande coração e um talento invejável. Como no dia em que gravei no meu vídeo, todo seu sorriso de reconhecimento a Guga, depois de sua vitoria no primeiro Rolland Garros. Foi uma sorriso de pai, ou irmão , ate de admirador. E hoje, peço, a quem for, que admire esse homem, não precisa ser tanto quanto eu, mas apenas o suficiente para que ele saiba que tudo o que fez valeu a pena.

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