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Contos-->LEMBRANÇA HOSPITALIZADA -- 07/04/2002 - 02:15 (Mariana Tutia Mastuoka) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Lembro-me ainda muito bem daquela longa noite no hospital. Deitada em uma cama demasiadamente alta ao meu ver, fria e escorregadia, pois era revestida com algum tipo de plástico grosso, que fazia com que meu lençol se mexesse demais, o travesseiro muito fino, e aquele irritante suporte de soro que ficava me seguindo o tempo todo, ligado à mim com uma agulha grossa o bastante para não me deixar esquecer que ela estava ali.
Havia ainda a luz amarela e melancólica que saia do banheiro, e me lembro muito disso, pois o pé da cama ficava ao lado da porta e eu sem conseguir dormir, ficava ansiosa e apavorada esperando que alguma coisa saísse dali e me puxasse, para me levar para longe. Mas a noite ia passando e nada acontecia, os minutos eram tão irritantes, sem relógio eu tentava adivinhar que horas eram...mas era tudo em vão, apenas uma brincadeira para tentar pensar em outra coisa.
A dor era latente, a noite era calorenta, mas ao mesmo tempo mais fria que as madrugadas de inverno, e tudo me era tão grande.
Do outro lado da porta eu conseguia ouvir as macas andando pelo extenso corredor, tão barulhentas, que antes de eu conseguir perceber que eram apenas macas, achava que iria chover, pensando ser trovões, até que por um esperado momento minha mãe se mostrou acordada e me disse o que era, o chão tremia quando elas passavam à minha porta, e eram tantas!
Não me lembro quando, mas já sendo madrugada a enfermeira me aplicou um medicamento para dor, pela veia, ao meu pedido. Não me foi de muita ajuda, já que na minha cabeça eu imaginava que a dor duraria por muito tempo ainda.
Assim a madrugada foi indo embora, e mesmo eu não vendo, senti que a aurora já nascia e que tudo melhoraria pela manhã, até que não mais resistindo, eu caí em um leve sono sem sonhos.

Mariana Tutia Matsuoka
29-01-02
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