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Discursos-->CARISMA, NA COMPANHIA DE DEUS -- 14/02/2012 - 09:56 (Marcelino Rodriguez) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos





 

Estava dando um apoio espiritual a um velho conhecido, em Copacabana. Estava alcançando com aquelas sessões de meditação alturas espirituais muito profundas, prazerosas, e não deixava de ser misterioso que eu estava de fato sendo muito benéfico ao meu amigo. Esquecia meus próprios dilemas ao compartilhar aquele mundo dele: velho e solitário, com a filha e a ex mulher trazendo-lhe apenas mais dificuldades.
Eu o havia deixado no calçadão, enquanto fora buscar o banheiro de um restaurante.
Pensava que tudo na minha vida era sem testemunha, quando deparei-me com uma bela imagem de Buda esculpida na areia. Assim é que ,verdadeiramente, eu sentia o carisma dos meus passos.

16/01/2003







Quando vou praticar algum ritual budista, antes volto do que vou. não posso ir em busca de mim mesmo. Apenas o que faco é entrar em estado natural de reverência e em contato , conseqüentemente, com meus irmãos e mestres em todos os tempos e alem do tempo ainda. A comunicação entre os budas é intermitente."


"quantas vezes eu nao quis , senhor, que tu aniquilasse o pequeno eu que me separa do grande tu que es?

 

DIÁRIOS

 

SÁBADO, 22 DE MAIO 2010

Dia frio e solitário. Estou aqui na viagem escura e estranha desses relatos que nem sei onde irão me levar. È estranho quando nossos pais morreram e não temos mais ninguém. Esses últimos dias tem sido bastantes paradoxais para mim. Sinto-me amparado por Deus e ao mesmo tempo só nessa amplidão. Hoje resolvi tomar duas cervejas porque o medo da saude estava me deixando muito hipocondríaco. Deu certo. Fiquei menos tenso e dormi um pouco pela tarde. A terra por vezes é como um imenso exílio. Quem suportaria a solidão com a divindade? Ò Deus, levai meu barco tão pequeno no teu mar tão imenso!Eu queria dividir qualquer coisa em qualquer lugar com qualquer pessoa, mas o que tenho agora é essa noite plácida e silenciosa. Assim como não me buscam, ando desistente de buscar gente. Hoje em dia, raramente é possível um encontro. Às vezes eu me sinto como se estivesse que estar em outro lugar, não aqui, mas também não sei aonde. Ou talvez estar de outra maneira, talvez com outra pele. As vezes sou um peso para o que está dentro de mim.
Isso que está dentro de mim é capaz de voar.

 

TEMPO PRESENTE, 6 DE JUNHO, MADRUGADA




a solidao e um processo doloroso de autoconhecimento, porem dificilmente temos outro tao eficaz. no meu aprendizado pessoal ficou claro que minha verdade profunda e meu equilibrio mais universal eu so obtenho atraves da afetividade da parceira do feminino. acredito que tem varios aspectos fortes e predominantes na minha personalidade que passam pela relacao, como o instinto protetor e sobretudo uma rara e quase infantil meiguice"






MY WAY 

 

O cronista 
acorda. O deserto de Deus abre o céu pela manhã um tanto nublado. Há dois desertos, um dentro e um fora. Sim, aquele amor era apenas de papel. Lágrimas geladas e palavras de súplicas soltas no ar da eternidade, abandonadas por um coração frio, distraido.Palavras e lágrimas que hoje o prendem em casa, no quarto bagunçado. Pela tela do computador ele dialoga com o silêncio - Para onde ir? Como fugir dessa prisão? Deitar de novo e dormir? Sonhar outros sonhos? Abandonado pelos braços traidores ouve Sinatra:"My Way". 
Nada mais verdadeiro e nobre que um homem triste. As noticias já sabe, 
, são dementes. O 
exílio entre os seres opacos, amorfos, egoístas, fúteis. Há pouca gente de verdade no mundo, perdidas entre os fantasmas cheios de razões, discursos,ambições e cegueira. O amor mesmo é feito de atos, não palavras. Nós, os sensíveis, estamos por hora na pata dos lobos,até que venha o deserto maior de Deus e lave as almas. Enquanto isso, rezemos pela companhia dos anjos, nós que estamos acordados, pra atravessar essa diáspora. Hoje ninguém me engana. Quero ficar sozinho. Será que alguém me surpreende? Acho que não. Meu bilhete pra ninguém. Bom Dia. 






HIPERATIVO 

Marcelino Rodriguez 

A música ecoa pela solidão: "Dio Como Ti Amo". Um homem fica hiperativo pra se consolar. Não, o abandono não é certo, diz a noite e a chuva que cai. A natureza está estremecida. Nada foi tão fútil nem tão fácil, nunca será leve. Será sempre grave. Tanto trauma, tantas lágrimas, tanta guerra sutil, tanto afeto sabotado. Tanta e muitas coisas pra viver, entender, descobrir. 
E o Neném dourado recolhe-se. 
O mundo sagrado, o tempo sagrado, o amor absoluto, sempre, sempre. Belo e novo e puro. 
E o Deus que criamos, o que fazer? 
Ele chora em infinito poemas das noites que 
perdemos por pura teimosia, egoísmo talvez, falta de coragem. E uma estrela cai sempre em cima do homem solitário, brilhando entre a esperança e a agonia na noite profunda. Tudo errado, tudo errado. Aqueles beijos tinham gosto de eternidade e aqueles risos faziam Deus sorrir de alegria. Nós dois éramos uma espécie de felicidade. Eu vi teu coração profundo. Eu vi teu riso mais puro. A mesma água de amor banhou nós dois. Nunca será fútil, nunca será leve, nunca será fácil. Ainda que se tente, ainda que se minta, ainda que se fuja, a mesma água continuará chovendo vida afora, procurando - seria em vão? - fazer crescer a semente que plantamos. E que agora cresce na noite. Não existe anjo de uma asa só, nem Neném sem mamãe. 






O CONSOLADOR

O acontecido deve ter uns sete anos. 
Estava na praia do Leblon ccom um colega, se nao me engano, conversando sobre Deus e metafisica. 
No caminho, percebi uma mulher chorando. 
Num impulso, aproximei-me e disse-lhe, alisando-lhe os cabelos. 
-- Olhe, chore nâo! Olhe esse mar como e´lindo! Jesus te ama!ta bom? 
Depois disso senti-me leve, satisfeito. 
Essa e´uma lembrança do qual tenho muito orgulho, dai querer compartilha-la. 





REFLEXÃO DOS TEMPOS 

Parece que o caos econômico global e a desvalorização da vida e da humanidade empurra-nos para uma espécie de espiritualização forçada e doentia. E` o que eu chamaria “desespero dos novos tempos” e “o fim da esperança” como a conhecíamos; ou seja, a utopia de realização que sempre acompanhou a humanidade. 
Havia ideais coletivos; fé no futuro; senso de pertencer a uma grande comunidade comum: hippies, pacifistas, socialistas e nacionalistas. Hoje os paradigmas são outros. 
O sujeito encontra-se aparentemente só nas suas lutas, desamparado do social, desiludido dos grandes e demorados projetos. Tudo urge. 
Quem se atreveria escrever uma epopéia hoje, se a própria existência diária se torna heróica, pois se vive subordi
nado ao estado, ao mercado tecnológico e a violência? 
Seria possível ainda os grandes romances com a banalização do amor e dos fatos? Os grandes indivíduos com a morte das individualidades? 
Hoje vive-se de fragmentos. Tribos. 
Quem leria os novos potenciais? 
O fato e´ que essa busca mística se tornou uma necessidade premente de não se perder a alma nessa contemporaneidade diabólica que aparenta ser cheia de atrativos, mas se a olharmos bem a fundo veremos que e´ o fundo de um poço vazio. 
Nosso desafio agora, enquanto espécie, e´ descobrirmos novas formas diárias de sociabilizaçao, comunicabilidade e transcendência, posto que os desafios que surgem nos aponta uma única saída: Deus. 
O que queremos dele? 
O que ele quer de nós? 
Cristo já havia dito que nenhum sinal seria dado senão o sinal de Jonas. Estamos, todos, portanto, espécie e indivíduos, na barriga da Baleia, como o profeta rebelde. 
Quando o aparentemente real se torna impossível, o impossível acontece. Logo entraremos na era dos milagres, que vira´ com a revelação de nosso verdadeiro sentido. 

13/01/2003 








TEMPO PRESENTE, 6 DE JUNHO, MADRUGADA

Marcelino Rodriguez

Acordo na madrugada com o corpo e a alma pedindo amor, em vão. Ligo a Net para viver seu mundo fantástico. Minha vida traida. Quantas e quantas noites não passei vendo a felicidade solitária dos slides? Entre as vagas esperanças de equilibrio e as preocupações financeiras vai indo minha vida. Ninguém se importa. Fiquei ” amigo” de algumas atrizes famosas, mas amizade online tem muito de ilusão.E se você parece ser desconhecido na área artistica nem pense que te darão atenção. O que importa é aparecer, mas do que ser. Não se sabe, nesse país, o que se é. Estamos numa grande ilha fantasma no meio da civilização. Cortei um escritor pateta dos meus contatos que não sabia se comunicar. Nem troca livros, nem idéias. O individualismo é típico do subdesenvolvimento. Virei um mundo quase autônomo, um deus desconhecido e obscuro sentindo a metafísica do mundo. Não posso dizer nem que sou bom ou ruim. Talvez neutro, talvez não seja. Sou algo que vai acontecendo na noite, um bicho da noite estranhando as ilusões de um videogame. Minha espécie talvez tenha enlouquecido ou se extinguido. Sou o último. Personagem monossilábico do cinema dos anjos procurando minha mãe ou um igual.

 



A LECTIO DIVINA





Uma vez li uma coisa muito bonita e muito singela numa biografia do Roberto Carlos. Ele dizia que "não acha certo as pessoas colocarem dúvidas com relação a Deus". Também me incomoda a superficialidade com que se tratam dessas coisas, principalmente as pessoas com "pendores intelectuais". Sentem-se superiores a Deus. Perdôo ateísmo até os vinte e poucos anos, depois disso é bobagem. Não perco tempo com quem não percebeu a única coisa óbvia: Deus. Aliás, tem gente que pensa que a igreja se resume a missa aos domingos ou a um padre falando sermões. A Tradição Cristã tem várias práticas de espiritualidade a serem aplicadas no cotidiano e na transformação da Vida. A reza do terço, a contemplação dos mistérios, a meditação sobre as passagens da Biblía, o jejum, tudo isso são práticas que acompanham a espiritualidade católica, vamos dizer assim. Ando pesquisando sobre a mística Cristã tem algum tempo: Santa Tereza Davila, os Padres do Deserto, toda essa vertente da prática espiritual e não apenas da formalidade da Igreja. Acho que meu esforço ainda que mínimo deveria ser seguido. Trazer o Deus de amor, de silêncio e de caridade mais para nosso cotidiano. O ser humano que não tem Deus como fato é um problema social 
de proporções imprevisíveis. Ainda que no deserto, quero estar com Deus, ainda que a propaganda o dê como morto ou exótico. Um terço custa poucos centavos. Dá uma paz tremenda. Mas o maior pecado humano sempre foi a falta de imaginação. 

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