Usina de Letras
Usina de Letras
136 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62186 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10449)

Cronicas (22533)

Discursos (3238)

Ensaios - (10351)

Erótico (13567)

Frases (50587)

Humor (20028)

Infantil (5426)

Infanto Juvenil (4759)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140793)

Redação (3302)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1959)

Textos Religiosos/Sermões (6184)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Artigos-->o DIA DO SOLDADO -- 29/03/2006 - 15:57 (Wilson Vilar Sampaio) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O DIA DO SOLDADO- 25 DE AGOSTO

Por Wilson Vilar Sampaio







Transcorreu quinta-feira última , 25 de agosto, o dia do soldado, que é a homenagem prestada pelo Brasil ao grande militar que foi Luiz Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias, nascido em 25 de agosto de 1803, na Vila de Porto da Estrela, Capitania do Rio de Janeiro.



Seus feitos militares, sua coragem e sua dedicação à pátria, aonde quer que sua presença fosse necessária, valeram-lhe o epíteto de " o Pacificador" , tudo conforme aprendemos nos livros de História.



Muito conhecido ficou seu heroísmo na guerra do Paraguai, no episódio em que, Lima e Silva , incentivando seus comandados para a travessia da ponte sobre o Arroio Itororó com o brado " Sigam-me os que forem brasileiros ", deu ele próprio o exemplo, sendo o 1º a avançar.



Entretanto, nessa homenagem à Caxias- simbolizando o soldado brasileiro - eu gostaria de exaltar não os momentos vivenciados por Caxias nos campos de batalha e sim fatos isolados e decisões tomadas por Caxias, que o elevaram muito acima dos seus pares.



Com efeito, é notório que o exército paraguaio, no último ano da guerra, estava combalido e devidamente anulado como força de ataque, só lhe restando a louca resistência em defesa do próprio território.



Nessa ocasião, Luiz Alves de Lima e Silva, já enfrentando inimigos cada vez mais jovens e despreparados - militarmente falando- encerrou sua campanha quando da tomada da capital paraguaia, Assunção, em 01/01/1869, e retirou-se do comando das tropas sob a alegação que não mais havia um exército a ser derrotado mas apenas pequenos focos de resistência de soldados ainda fiéis a Solano Lopez.



O Imperador dá então o comando das tropas ao seu genro, o Conde D´EU, casado com sua filha a princesa Izabel, cabendo ao Conde perseguir Solano Lopez até sua captura. É por essa época que acontece a batalha de Acosta Ñú ou Ñu Guassu(Campo Grande), quando 3.500 paraguaios, sendo 3.000 crianças e adolescentes com idades variando entre 6, 9 e 15 ano são massacrados pelo Conde D`EU!



O grande soldado tinha razão. Quando regressou ao Brasil em janeiro de 1869 , o Paraguai não mais existia como potência militar e por isso Caxias, tendo cumprido sua missão, retirou-se dos campos de batalha sem participação naquele morticínio que aconteceu.



Outro episódio igualmente digno e acontecido com o Duque de Caxias, foi em relação à Questão Religiosa, envolvendo as dioceses de Olinda e Pará, com o Império do Brasil.



O regime político do Brasil Imperial não admitia que a igreja fosse independente do Estado em questões temporais. Assim, qualquer bula, encíclica ou carta envolvendo normas de conduta ou nomeações de autoridades eclesiásticas só poderiam ser aplicadas no Brasil se fossem chanceladas pelo Imperador, que exercia o poder moderador. A esta prerrogativa imperial dava-se o nome de padroado.



Pois bem, cumprindo determinação do papa Pio IX que mandava excluir da Igreja e também das Irmandades e Associações religiosas os católicos que fossem maçons, os Bispo de Olinda e do Pará, respectivamente Frei D. Vital e D. Macedo Costa , notificaram os maçons para que abjurassem a Maçonaria sob pena de excomunhão. E não tendo sido atendidos, interditaram as Irmandades que não expulsaram os maçons, muitas delas presididas por maçons!



Sucede que os Macons apelaram para os tribunais alegando que a ordem papal não passara pelo beneplácito do Imperador e por isso não poderia ser aplicada no Brasil.



A justiça deu razão aos maçons e o Bispos se negaram cumprir determinação judicial mandando-os suspender a interdição das Irmandades que não expulsaram os maçons dos seus quadros.



Caxias, que fazia parte do Conselho de Estado, por três vezes votou em favor da posição sustentada pela Coroa porém, ao contrário dos outros membros do Conselho, afirmava que votava assim apenas pela questão temporal, mas que o Estado não deveria jamais se meter na área espiritual.



O Imperador D. Pedro II, que não era maçom, mandou prender os Bispos. Estava formado o impasse: de um lado os Bispos e o Papa; Do outro, o Imperador Pedro II que afirmava: " O Poder moderador não transige" !



Evoluindo o impasse com a prisão dos Bispos, Caxias foi convidado a presidência do Conselho dos Ministros e exigiu como condição para aceitar o cargo, que os Bispos fossem anistiados. Exigência aceita, Caxias já na condição de Presidente do Conselho, anistia os Bispos, em mais uma pacificação, desta feita, da família católica brasileira, encerrando o caso com um simples decreto, de um só artigo que dizia:

"



Luis Alves de Lima e Silva, O Duque de Caxias, o Pacificador, o Patrono do exército brasileiro, o Católico praticante, o Maçon que chegou ao grau 33 e foi Grão Mestre do Grande Oriente Nacional Brasileiro, partiu para o oriente eterno em 7 de maio de 1880!
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui