O pastor e a viúva
Davi Fernandes Bruno concluiu seu curso de teologia aos vinte e dois anos e um ano depois foi convidado a pastorear uma pequena congregação evangélica numa cidade do interior do estado do Rio de Janeiro. De pronto aceitou o convite e mudou-se para o pequeno município, onde foi muito bem recebido e, em pouco tempo, graças ao seu bom caráter, já contava com a simpatia de toda a população.
Michelle era uma bela mulher de seus vinte e oito anos e viúva a três. Tinha ela uma grande admiração pelo jovem pastor, conhecido por todos pelo último sobrenome.
A amizade entre Michelle e Bruno crescia e os laços de amizade entre os dois estavam cada vez mais estreitos, a ponto de Michelle frequentar o gabinete do pastor sete vezes por semana, isso sem contar o tempo em que o ocupava após os cultos, para lhe pedir orientação, conselhos e orações. Claro que Bruno já estava ficando um tanto preocupado, mas não sabia como se esquivar de Michelle.
Certo domingo, após o culto matinal, Michelle o chamou a um canto e pediu, desesperada:
- Bruno, preciso muito de que você vá à minha casa na próxima quarta-feira à s quatro da tarde...!
- Impraticável, Michele. Tenho um compromisso inadiável e não posso mesmo cancelar.
- Ai, Bruno! Pelo amor de Deus! Não faça isso comigo! Sem a sua ajuda, não sei o que vou fazer...!
- Calma, irmã... Há de haver um jeito...
A moça, entretanto, parecia determinada a não desistir da idéia:
- Não, Bruninho, não aceito recusa. Nenhum compromisso pode ser mais importante do que socorrer uma ovelha necessitada de ajuda...!
- Mas, Michelle... - e não completou o que ia dizer, pois foi interrompido por Michelle:
- Não! Não e Não, Bruno! Você não vai me deixar na mão!... - e fazendo aquela carinha já ensaiada - Por favor...!
- Está bem, está bem... Vou dar um jeito!
- Obrigada, querido! Tinha a certeza de que poderia contar com você!
Bruno, de tão preocupado que ficou, passou a jejuar todos os dias e a orar fervorosamente:
- Senhor, Dá-me forças para permanecer firme na fé. Não deixe que meus pés vacilem. Tu és a minha segurança, meu refúgio, minha rocha. Afasta de mim o pecado...
Chegou o dia marcado. Bruno, enquanto caminhava à casa de Michele, ia orando e, a cada passo que dava, mais inseguro ficava. Chegou a um ponto em que se rendeu:
- Ora, mas por que estou preocupado? Ela é viúva; eu, solteiro. E o pessoal da igreja parece até aprovar um possível relacionamento entre nós... É isso aí! Não vou mais lutar contra o desejo... Estou para o que der e vier!
Parou diante da porta de Michelle, apertou a campainha e esperou. Ela veio abrir e exibiu o belo corpo numa roupinha bem sensual, enquanto o cumprimentava com um beijo quase nos lábios e um belíssimo sorriso:
- Bruno, meu amor! Que bom que você veio! Vamos, entre!
Sem dizer uma só palavra, o pastor entrou e foi convidado a sentar-se no sofá da sala.
- Espere aqui um pouquinho, querido, enquanto eu vou até o meu quarto me trocar. Aliás, é lá que nós vamos conversar. Assim que estiver pronta, eu o chamo, está bem?
Quase trinta minutos depois, o pastou ouviu a doce voz de Michelle chamar seu nome:
- Bruninho! Pode vir! Estou pronta!
Bruno correu ao quarto da moça, entrou apressadamente e constatou que lá estavam reunidos TODOS os membros da igreja, os quais começaram a bater palmas, enquanto cantavam:
- "PARABÉNS PRA VOCÊ..."
Nada poderia ter sido pior para o jovem pastor, que rapidamente deu meia volta e fugiu a toda velocidade. Simplesmente porque estava completamente NU!!!
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Professor Buza
(Não sou o autor desta crónica.
Apenas adaptei e criei nomes para os personagens)
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