Nem toda vez que pede licença para entrar no mundo, a vida encontra acolhida incondicional. E é sempre Deus que se encarrega de sugerir aos casais respeito e amor pela vida prestes a nascer. Se bem que não raros, os casais se fazem de surdos, egoístas e partidários do aborto e da morte. O anúncio de uma vida humana a caminho de nosso lar é mais maravilhoso do que a promessa de nova aurora, de novo sol ou de novo mundo, mas que direito tem o ser humano de apagar a aurora, de encobrir o sol, de destruir a vida? O nascimento de uma criança é novo nascimento de Deus em nosso meio, é a presença dele a se tornar visível aos nossos olhos de carne, a nos lembrar que sua maior alegria consiste em estar com os filhos dos homens. Mas que direito tem o ser humano de aprontar outra vez a cruz e o sepulcro para o seu Deus? Não tenha medo, pois de receber a vida nova que pede para entrar em seu lar. Nem tenha receio de fazer sentar à sua mesa, ainda que pobre, uma nova presença saída do coração de Deus. Fique sabendo que, essa nova presença traz o próprio nome de Jesus, pois é sempre Jesus de Nazaré a nascer entre nós para libertar nossos lares do egoísmo, da tristeza e morte certa. Se você deixar a voz do amor gritar mais alto que a voz do “calculismo” se permitir que o clamor da vida abafe os clamores da morte, então poderá contemplar o rosto de Deus no rosto da nova criaturinha. E será para você um novo Natal de Cristo e as vibrações das mesmas alegrias que ressoaram naquela noite memorável, sobre a gruta de Belém”.
(Pe. Virgílio, SSP)
Não sei precisar o ano.
A matéria foi publicada em um folheto da igreja católica,
pelo padre Virgílio, talvez com outro título.
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